Cultura

TEMPORADA DE VERÃO NA SALA DO CORO APRESENTAR ESPETÁCULO "BRANCA"

Vide
| 08/01/2009 às 22:26
"Branca" sala do coro do TCA a partir do próximo dia 16
Foto: Foto/Divulgação
O grupo baiano Oco Teatro Laboratório realiza temporada de verão na Sala do Coro do TCA com o espetáculo "Branca", nos próximos dias 16, 17, 18, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, às 20 horas.

A peça "Branca", que teve sua estréia em 2007 no Equador e recentemente foi apresentada no Festival Internacional de Artes Cênicas OTRO, em Murcia (Espanha), é uma versão da obra "O Santo Inquérito", de Dias Gomes.
 
Quem assina a direção é o cubano Luis Alberto Alonso.  No elenco, os atores Rafael Magalhães, Andréa Mota, Mario César Alves, Viviane Souto Maior e Virgilio Souza. Em seguida, nos dias 6, 7, 8, 13, 14, e 15 de Fevereiro,  a companhia volta a cartaz com o espetáculo "Os Sonhos de Segismundo", que estreou em novembro passado e teve uma curta temporada em função da turnê do grupo para Espanha e Peru. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

SEDE EM LAURO

Com sede em Lauro de Freitas e fundado em 2003  pelo ator baiano  Rafael Magalhães e pelo diretor cubano Luis Alberto Alonso, o Oco Teatro Laboratório é um grupo que surgiu pela necessidade de desenvolver uma estética teatral baseada na pesquisa antropológica.

Formado inicialmente apenas pelo ator  e pelo diretor, foi concebido como um Núcleo de Pesquisa Teatral encarregado de ministrar cursos e palestras em diversas cidades brasileiras e no exterior, assim como buscar sua própria reciclagem em eventos internacionais sediados por universidades renomadas e grupos de sólida formação. 


Branca Dias, filha do nordeste brasileiro, paraibana de nascimento, descendente de cristãos novos, é a inspiração do espetáculo "Branca", versão do clássico "O Santo Inquérito", de Dias Gomes.

O texto da literatura dramática é um reflexo da perseguição que sofreram os judeus desde o surgimento da humanidade até os dias atuais. A  visita do Santo Oficio ao nordeste brasileiro, entre 1591 e 1595, trouxe à luz a disputa de interesses entre cristãos, velhos e novos, mostrando um profundo conflito social.

Os novos cristãos converteram-se em figuras centrais de acusações e vítimas em potencial das generalizações sobre o suposto comportamento cripto-judeu, sendo acusados de heresias. Entre os perseguidos foi surpreendente o número de mulheres, bandeiras da resistência judia, propagadoras da sua cultura e tradição para as novas gerações.

Responsáveis pelo ambiente doméstico, eram as grandes difusoras do judaísmo secreto que se concretizaria após as proibições de livre crença no mundo português e a instauração da Inquisição, quando as casas passaram a representar um papel preponderante para a divulgação e sobrevivência das tradições judias.



Espetáculo: Branca

Quando: 16, 17, 18, 30 e 31 de Janeiro e 1º de fevereiro

Onde: Sala do Coro do TCA

Horário: 20 horas
Preço: $ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)