Foi lançado nesta noite de quinta-feira, 18, na Academia de Letras da Bahia, o livro "A História da Revista Seiva" - primeira revista do Partido Comunista do Brasil -, pelo empresário, jornalista e ex-proprietário do ex-Jornal da Bahia, João Falcão.

  O livro - em formato de revista (22x32cm) - editado pela Ponto & Vírgula, 133 páginas, contém um condensado dos 18 números da primeira edição, a partir de 1938, e dos 5 números da segunda edição, nos anos 1950, quando a revista foi editada sob o comando de Luis Henrique Dias Tavares, Clovis Moura, James Amado e Wladimir Guimarães.
 
   Já a primeira edição, João Falcão, Armênio Guedes, Virgidal Sena, Emo Duarte, Eduardo Guimarães e Diógenes de Arruada Câmara.

   Bastante emocionado, João Falcão, aos 89 anos de idade, ouviu atentamente orações dos jornalistas Luis Henrique Dias Tavares e do seu filho Luis Guilherme, além do presidente da ALB, Edvaldo Brito.

   Lembrou dos tempos da ditadura do Estado Novo, com Getúlio Vargas no comando, da atuação dos seus companheiros de jornalismo dos anos 1938 e subsequentes e do dia 1º de dezembro de 1938, quando a Seiva saiu pela primeira vez, em Salvador, com as assinaturas e artigos de Afrânio Coutinho, Américo Albuquerque, Barreto de Araújo, Humberto Bastos, Marcos Pimenta, Paulo Palatnick, Sosigenes Costa, Alfio Ponzi, Antonio Osmar Gomes, Carlos Garcia, João da Costa Falcão, Orlando Gomes, Rodrigues de Miranda, Alves Ribeiro, Azevedo Marques, Emo Duarte, Luiz Bastos, Paulo Cavalcanti, Sodré Vianna e Walter da Silveira.

   Pena que tenha comparecido poucas pessoas ao lançamento, quase nenhum político da atualidade . Como João Falcão não está mais no poder e não tem mais jornal, a hipocrisia baiana falou mais alto.

   Joãol Falcão, exemplo raro, que não foi seguido por Jorge Calmon, Cruz Rios e outros, está deixando uma memória jornalista fantástica para estudos de novas gerações.