Cultura

WOODY ALLEN PODERIA FILMAR NA BAHIA UM VICKY CRISTINA SALVADOR

Vide
| 08/12/2008 às 10:20
O Rio de Janeiro já está se movimentando pra conquistar Allen. E a Bahia? Vai ficar olhando?
Foto: Foto: Arquivo

   Uma noticia realmente tentadora para a Bahia: Woody Allen, o grande cineasta americano, revoltou-se com o sistema cinematográfico do seu País e está correndo o mundo atrás de produtores de filmes para bancar as suas idéias.

   Está nos cinemas a sua mais nova criação, Vicky Cristina Barcelona, feita nestes moldes sob os auspícios do Governo catalão, exaltando as belezas daquelas paragens, num verdadeiro água com açúcar avançadinho.
 
   Um filme deste visto no globo todo traria para Bahia, uma leva incalculável de turistas, principalmente com o dólar e euro nas alturas, fazendo qualquer programa aqui, por mais sofisticado que for, sair de lambuja.


   Por U$ 7 milhões, cerca de R$ 15 milhões, ele coloca a sua capacidade criativa em função de promover qualquer cultura ou atração turística, sendo muito mais vantajoso do que o FUNCINE anda fazendo, distribuindo verbas astronômicas, cuja prestação de contas são rejeitadas pelo TCU devido aos desvios, e a qualidade das produções uma lastima.


   O Rio de Janeiro já está correndo atrás dos empresários de WA, para que estude urgentemente uma historia que promova a capital carioca. A Bahia, através dos órgãos promotores do turismo, não vai se movimentar? Vai ficar mais uma vez olhando os concorrentes capitalizarem as oportunidades, tendo um ministro na área de Cultura, que é o Juca Ferreira!

  FUNDO SETORIAL

  Criado em dezembro de 2006, o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) finalmente começou a ser operado, com uma verba de R$75 milhões, para projetos em 4 linhas de atuação: produção de longas metragens, produção de obras para a TV, aquisição de direitos de distribuição de longas e comercialização de longas para o cinema.

  A notícia pode ser um alento para um setor que sofre com as dificuldades de captar recursos e que teve o ano de 2008, marcado por crises de público e qualidade. A questão é como será utilizado este fundo, quase sempre no centro Sul do país, no eixo Rio/São Paulo. Uma outra dúvida é quanto aos critérios envolvendo o lado "comercial" e o "artístico".

  Juca Ferreira, recentemente, em entrevista ao Globo, disse que a diversidade é um patrimônio do cinema brasileira e essas duas dimensões (comercial e artística) enriquecem os critérios.

  - Mas é claro que há momentos em que a linguagem pode ser suficiente para justificar o patrocínio, mesmo sabendo que o filme não atrairá grande público. E há outros momentos para filmes que não invistam tanto na linguagem, mas que tenham relação com o público, frisa Juca.    

  PÚBLICO

  O filme nacional "Meu Nome Não É Johnny" foi o único, em 2008, que teve um´público superior a 1 milhão de pessoas. Outros 14 filmes passaram de 100 mil, com 3 passando de 500 mil.

  Para Juca Ferreira a dificuldade de acesso ao público não advém somente da qualidade dos filmes. "Toda economia do setor está viciada e foi estruturada para divulgar o cinema que vem de fora através dos majors. É necessário fazer uma reformulação não só do sistema de financiamento, mas de todos os mecanismos da cadeia. Vários filmes teriam um público maior com promoção e acesso às salas. Nos meses de maior público, apenas dois ou três blockbuster ocupam 75% das salas. É uma ação predatória", confessa Juca.