Cultura

MIDIA BAIANA PROTESTA POR POUCO DESTAQUE DE A TARDE A CLEIDIANA RAMOS

Vide
| 05/12/2008 às 15:16
Cleidiana Ramos é repórter de A Tarde
Foto:
Em 14 de novembro, Cleidiana Ramos recebeu da Secretaria Municipal da Reparação a Medalha Maria Felipa. Estranhamente o jornal onde ela trabalha deu uma notinha quase escondida. Coisa que só descobre quem lê todo o jornal. A Tarde poderia ter dado um destaque, acho.

Maria Felipa foi uma das heroínas da Independência da Bahia, e durante muito tempo foi esquecida pelos historiadores. Segundo alguns relatos da época, ela comandou cerca de 40 mulheres que seduziam os soldados portugueses que vigiavam as embarcações do general Madeira de Melo. Quando percebiam as garotas, ficavam cheios de amor pra dar, mas recebiam mesmo, de Maria Felipa e amigas, surras de cansanção.

Cleidiana tem se destacado no jornalismo com reportagens sobre as causas negras, o resgate dos direitos dos negros e o respeito aos direitos humanos, por isso a Secretaria da Reparação lhe homenageou, faltou o jornal entender a homenagem.


Em novembro de 2006 (na foto) a jornalista e escritora recebeu o Título de Cidadã da Cidade do Salvador, oferecido pela Câmara Municipal da capita baiana, a partir da iniciativa de representantes de movimentos negros e do então vereador, agora todo-poderoso secretário das Relações Institucionais, Rui Costa.

Veja aí a notinha que o jornal fez

A Tarde - sexta-feira, 14/11/2008 - página A8 - Curtas

Evento
Medalha Maria
Felipa para jornalista

A jornalista de A Tarde Cleidiana Ramos recebeu ontem à noite a Medalha Maria Felipa, em evento da Secretaria Municipal da Reparação. O órgão lançou símbolos significativos para o fortalecimento da cultura afrodescendente na Bahia e no Brasil, no auditório do Cefet, diante de representantes de terreiros de candomblé, educadores e autoridades do município e do Estado. A secretaria também lançou a Cartilha Casa dos Orixás, para orientação sobre os procedimentos necessários para o requerimento da isenção tributária e posse fundiária dos terreiros, e o cordel Zumbi D'Angola, de autoria de Feliciano Tavares Monteiro.

COMENTÁRIO
BAHIA JÁ

Essa heroina Maria Felipa é uma piada assim como são Maria Quitéria e Joana Angélica. A Independência da Bahia ainda está para ser escrita de maneira seria sem esses ufanismos excessivos e com documentação história adequada.