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Oxumaré e as cores do arco íris e o bilho dos seus metais (F/D)
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Oxumaré era um rapaz muito bonito e injevado.
Suas roupas tinham tinham todas as cores do arco-íris e suas jóias, de ouro e bronze, faiscavam de longe.
Todos queriam aproximar-se de Oxumaré, mulheres e homens, todos queriam seduzí-lo e com ele se casar.
Mas Oxumaré era muito contido e solitário. Preferia andar sozinho pela abóboda celeste, onde todos costumavam vê-lo em dias de chuvas.
Certa vez, Xangô viu Oxumaré passar com todas as cores de seu traje e todo o brilho de seus metais.
Xangô conhecia a fama de Oxumaré de não deixar ninguém dele se aproximar.
Preparou então uma armadilha para capturar o arco íris.
Mandou chamá-lo para uma audiência em seu palácio e, quando Oxumaré entrou na sala do trono, os soldados de Xangô fecharam as portas e janelas, aprixionando Oxumaré junto com Xangô.
Ele ficou desesperado e tentou fugir mas todas as portas estavam fechadas.
Não vendo como se livrar Oxumaré pediu ajuda a Olorum, o qual, ouviu a sua súplica.
No momento em que Xangô imobilizava Oxumaré este foi transformado numa cobra e Xangô o largou com nojo e medo. A cobra deslizou pelo chão, em movimento rápidos e sinuosos.
Havia uma pequena freta entre a porta e o chão da sala e foi por alí que escapou a cobra.
Quando Oxumaré e Xangô foram sagrados orixás, Oxumaré foi encarregado de levar água da Terra para o Palácio de Xangô, mas, Xangô não pode, nunca aproximar-se de Oxumaré.
* Extraido do livro Orixá, uma História, de José Roberto Gaudenzi