Uma sessão especial, com palestras, apresentações e homenagens a

grupos tradicionais, marca a passagem do Dia Municipal do Samba de Roda da Bahia, nesta terça-feira, dia 25 de novembro, às 9 horas, na Câmara Municipal, data instituída através de Lei Municipal de autoria do vereador José Carlos Fernandes, para rememorar a data em que a Unesco, considerou o Samba de Roda da Bahia como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

A sessão terá as presenças de vários grupos tradicionais do samba de roda da capital e do interior. José Carlos observa que "a celebração destaca a necessidade de preservação e divulgação de uma das manifestações culturais das mais genuínas da nossa gente, da Cidade da Bahia e do Recôncavo, e que a data também nos lembra a importância histórica de homenagear os criadores e executores do samba de roda da Bahia, pois são eles que mantém vivas as nossas tradições e os nossos laços culturais com a África".

O vereador destaca que "a data municipal foi criada com a intenção de estimular os governos, as ONGs e as próprias comunidades locais a reconhecer, valorizar, identificar e preservar o seu patrimônio intangível".

Tradição do Recôncavo Baiano, o samba de roda é um estilo musical afro-brasileiro tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado por canto e palmas, e está associado a datas festivas do Candomblé. Uma boa mistura de música, dança, poesia e festa.

LIGADO AO
CULTO DOS
ORIXÁS

O samba de roda está ligado ao culto Dos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está também presente na manifestação cultural-musical por meio da viola, do pandeiro e da língua das canções.
 
O ritmo se espalhou pelo país, sobretudo em Pernambuco e Rio de Janeiro, que já era a capital do país. De acordo com pesquisas históricas, o Samba de Roda foi uma das bases de formação do samba que com a pitada carioca transformou-se definitivamente no samba brasileiro.

O samba de roda divide-se em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula - uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.