Cultura

PASSADO, PRESENTE E FUTURO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL, COM LÉO VOIGT

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| 13/11/2008 às 11:41
  O Instituto de Responsabilidade e Investimento Social - IRIS traz para a capital baiana o reconhecido sociólogo e cientista político Léo Voigt, diretor executivo do Instituto Vonpar, para participar da Roda de Diálogo do Projeto Ascender. Com o tema Passado, Presente e Futuro da Responsabilidade Social, o evento será realizado na próxima quarta-feira, dia 19 de novembro, das 09:00 às 11h30, no auditório Shopping Iguatemi. O evento é gratuito.

O tema, que permitirá a discussão das melhores práticas de responsabilidade social contará com a presença dos debatedores Geraldo Machado, gestor público, e Daniela Silva, jornalista. O Projeto Ascender, patrocinado pela Fundação Kellogg, tem como objetivo discutir o tema como forma de fomentar práticas sociais responsáveis.

"Acreditamos que a responsabilidade social deva estar inserida de forma estratégica na gestão de uma empresa", reforça a superintendente do Instituto IRIS, Izabel Portela. "Esta é uma oportunidade para discutir novas práticas para investimentos na área social de empresas. É uma oportunidade de unir especialistas, empresários e organizações interessadas em procurar caminhos comuns para a transformação social".


O evento terá o papel de esclarecer dúvidas dos convidados e vai debater questões como, por exemplo, será que as empresas de fato inseriram a responsabilidade social no seu planejamento estratégia e como algo transversal a sua gestão processos e relacionamentos com os stakeholders? O volume de projetos e de investimento social é realmente um indicador do quanto uma empresa é socialmente responsável?


SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS 

realmente, a responsabilidade social é hoje uma grande ferramenta para a gestão dos negócios. Pesquisas realizadas por instituições renomadas como AKATU e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro apontam que o atual consumidor esta mais consciente e disposto a comprar produtos de empresas socialmente responsáveis, mesmo que estes sejam mais caros.


A Pesquisa realizada pelo terceiro ano consecutivo pela coluna Empresa Cidadã do jornal Monitor Mercantil mostrou que diante da questão "na hora de comprar, entre uma empresa-cidadã e outra empresa, você escolheria a empresa-cidadã?", 76% dos 98 leitores que responderam espontaneamente disseram que escolheriam a empresa-cidadã e estariam dispostos a pagar até 10% mais; 19% disseram que escolheriam a empresa-cidadã, desde que os preços fossem iguais, e 5% disseram que escolheriam a empresa-cidadã e estariam dispostos a pagar até 20% mais.


Essa atitude indica a necessidade de implantar uma nova forma de gestão empresarial onde o conjunto de ações em todas as áreas da empresa é baseado no princípio da ética nas relações e no compromisso em promover o desenvolvimento sustentável da sociedade. "Neste novo modelo a empresa não é só responsável pelo seu público direto, mas por todos os steakholds da cadeia que inclui funcionários, acionistas, clientes, fornecedores, suas famílias e a comunidade em geral", observa Izabel Portela.


Na atual conjuntura de mercado, os consumidores também têm enorme força para exigir ética dos empresários. Indicadores mostram que o consumidor tem o poder de não comprar produtos e serviços de empresas que não mantêm uma postura de responsabilidade social. Hoje já é comum escolher empresas que não utilizam mão-de-obra infantil, ou que primam pelo respeito ao seu trabalhador, por exemplo.


CONSUMO CONSCIENTE - Outra tendência mundial é o consumo consciente. Na Inglaterra, uma pesquisa encomendada pela Confederação das Indústrias Britânicas à empresa de consultoria McKinsey, revelou que 60% das emissões de gases na atmosfera são controladas ou influenciadas pelos consumidores. O relatório britânico não revela números da conscientização dos consumidores ingleses, mas no Brasil, um número considerável de pessoas já possui um nível elevado de consciência dos impactos na hora de fazer suas escolhas de consumo.