Cultura

PIANISTA RUSSA LILYA ZILBERTEIN FAZ CONCERTO NO TCA QUARTA-FEIRA, 22

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| 20/10/2008 às 18:31
Lilya Zilbertein se apresenta com a Orquestra Sinfônica da Bahia (Foto/Agecom)
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  A atmosfera da música russa de Glinka e a "joie de vivre" da Itália de Paganini, traduzidas por Brahms e Rachmaninoff são os destaques do próximo grande encontro promovido pela Série TCA.
 
  Com obras do repertório para piano e orquestra na programação, a pianista russa Lilya Zilberstein se apresenta pela primeira vez em Salvador com a Orquestra Sinfônica da Bahia tendo como regente o maestro chileno/ suíço Rodolfo Fischer, no dia 22 de outubro (quarta-feira), às 21 horas, na Sala Principal do Teatro Castro Alves.

  No repertório do concerto Variações de Paganini de Johannes Brahms e Rhapsodia sobre um tema de Paganini, op. 43 de Sergei Rachmaninoff. A Série TCA - Ano 13° é uma realização da Secretaria de Cultura do Estado, através da Fundação Cultural e Teatro Castro Alves. Os ingressos (inteira) para o concerto custam R$60,00 (filas A a P), R$40,00 (filas Q a Z) e R$30,00 (filas Z1 a Z12).


  APRESENTAÇÕES

  Pianista desde os cinco anos de idade, a russa Lilya Zilberstein já se apresentou em vários países, com algumas das mais conceituadas orquestras do mundo.

Vencedora de prêmios internacionais, como o Primeiro Prêmio e o Prêmio da Audiência - no Concurso Internacional da Piano Ferruccio Busoni, em Bolzano, em 1987.

 A solista gravou diversos recitais e concertos, inclusive participou da primeira gravação integral das obras de Chopin. Desde 1991, tem sido regularmente convidada para performances com a Orquestra do Concertgebow de Amsterdã, Sinfônica de Chicago (com James Levine no Ravinia Festival) e Filarmônica de Berlim, sob direção de Claudio Abbado.


  Outro convidado da Orquestra Sinfônica da Bahia é o maestro Rodolfo Fischer. Nascido na Suíça, onde reside atualmente, e filho de ilustres músicos chilenos, Fischer iniciou sua carreira musical como pianista, logrando considerável reputação nesse domínio, antes de mudar seu foco de interesse para a regência. Em 2006, ao reger "Così Fan Tutte" no Teatro Colón de Buenos Aires e "Le Nozze di Figaro" na Ópera Nacional Dinamarquesa, teve grande destaque como regente mozartiano. Tem sido convidado como maestro por importantes orquestras na Europa, Austrália e América do Sul.

Programa


  As Variações sobre um Tema de Paganini (Brahms) usam o célebre tema do Capricho nº 24 de Nicolo Paganini, talvez o tema mais usado para variações em toda ou distorcendo-lhes o ritmo, mas deixando reconhecível a marca do mestre italiano, como Brahms. Johannes Brahms (1833 - 1897) foi o expoente máximo da linha mais conservadora do Romantismo. Grande estudioso de fuga e do contraponto, Brahms foi o maior arquiteto formal do século XIX, aliando seu grande perfeccionismo estrutural a um sentimentalismo todo pessoal.


   ÓPERA RUSLAN E LUDMILA

   A segunda obra apresentada Abertura da Ópera Ruslan e Ludmila, do compositor russo Mikhail Ivanovich Glinka (1804 - 1857). Parte mais conhecida da ópera, a Abertura é cheia de energia e se baseia em três temas: o de Ruslan, enérgico e guerreiro; o de seu amor por Ludmila, mais terno; o do malvado anão, Chernomor.

Foi composta pelo russo entre os anos de 1837 e 1842 e baseia-se no poema de mesmo nome, escrito em 1820 por Aleksandr Pushkin (1799-1837).
 
   Glinka foi o primeiro compositor russo a ser reconhecido em seu próprio país e é considerado como o pai da música erudita russa.Para encerrar a noite, a Rapsódia sobre um tema de Paganini em Lá menor, Op. 43, famosa por ter sido trilha sonora do filme "Em Algum Lugar do Passado", de 1980.


   A obra para piano e orquestra, muito semelhante a um Concerto, foi escrita pelo russo Sergei Rachmaninoff (1873 - 1943) em Villa Senar, entre 3 de julho e 18 de agosto de 1934. Considerado um dos últimos grandes expoentes do estilo Romântico na música clássica européia, Rachmaninoff foi notável intérprete de suas obras.

Tocou a parte solista pela primeira vez na Lyric Opera House em Baltimore, Maryland em 7 novembro de 1934, com a Philadelphia Orchestra, sob a regência de Leopold Stokowski. A maioria de suas peças é carregada de melancolia, um estilo romântico tardio lembrando Tchaikovsky, embora apareçam fortes influências de Chopin e Liszt. Inspirações posteriores incluem a música de Balakirev e Mussorgsky.