O diretor de redação deste Bahia Já, Tasso Franco, realizou uma palestra para estudantes de Comunicação da UniJorge sobre o tema "As campanhas eleitorais e as coberturas jornalísticas".

  Autor do livro o "Círculo do Poder na Bahia" sobre as eleições de 1962 e 1986, o jornalista comentou sobre o comportamento da imprensa baiana nas campanhas de 1962 para governador da Bahia (Waldir x Lomanto Jr), 1986 (Waldir x Josaphat Marinho) e 2006 (Jaques Wagner x Paulo Souto).

  Disse que houve uma evolução enorme  tanto no quantitativo quanto no qualitativo e mostrou os avanços no marketing, desde a era P&B de 1962, ainda sem a presença da televisão e com predomínio do rádio, ao momento do marketing moderno após a Lei Falcão (1986) até os dias atuais.

  Para Franco, ainda hoje os veículos não "cobrem" as campanhas como deveriam, quer por falta de estrutura nas suas redações, quer diante da dimensão "continental" do Estado da Bahia.

  "Salvo raras exceções, os veículos ainda se utilizam de informações dos assessores das campanhas, o que representam visões sempre positivas dos seus candidatos", assegurou.

  Para Franco houve também uma mudança substancial no comportamento dos veículos, mais recentemente e devido a legislação eleitoral, que praticamente proibe que alguém "puxe a brasa para a sua sardinha como aconteceu até os anos 1990", frisou.

  Lembrou da campanha de 1962 com forte influência de A Tarde (meio impresso) favorecendo a candidatura Lomanto Jr com apoio/suporte da Igreja Católica, e a utilização do então Correio da Bahia e da TV Bahia para favorecer o grupo do então senador ACM.