Cultura

CAUSO DOMINGUEIRO (63): DESABAFOS DE UM EXCELENTE MARIDO

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| 14/09/2008 às 14:36
 DESABAFOS  DE UM  BOM  MARIDO 
 *Atribuído a Luis Fernando Veríssimo
 
Minha esposa e eu temos um segredo
para fazer o casamento durar:
duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante,
com uma comida gostosa, uma boa bebida,
e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.
 
Nós também dormimos em camas separadas.
A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.
Eu levo minha esposa a todos os lugares,
mas ela sempre acha o caminho de volta.
 
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir
no nosso aniversário de casamento. 
'Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo'
- ela disse.
Então eu sugeri a cozinha.
 
Nós sempre andamos de mãos dadas.
Se eu soltar, ela vai às compras.
Ela tem um liquidificador elétrico,
uma torradeira elétrica,
e uma máquina elétrica de fazer pão.
Então ela disse: 
'Nós temos muitos aparelhos,
mas não temos lugar para sentar'.
Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.
 
Lembrem-se:
o casamento é a causa número um para o divórcio.
Estatisticamente, 100% dos divórcios
começam com o casamento.
 
Eu me casei com a 'Sra. Certa'.
Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.
 
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa.
É que não gosto de interrompê-la.
Mas tenho que admitir,
a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: -'O que tem na TV?'
E eu disse:-'Poeira'.
 
No começo Deus criou o Mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher.
Desde então, nem Deus,
nem o homem,
nem o Mundo tiveram mais descanso.
 
Quando nosso cortador de grama quebrou,
minha mulher ficava sempre me dando a entender
que eu deveria consertá-lo.
Mas eu sempre acabava tendo
outra coisa para cuidar antes:
o caminhão, o carro, a pesca,
sempre alguma coisa mais importante para mim.
Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.
Certo dia, ao chegar em casa,
encontrei-a sentada na grama alta,
ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura.
Eu olhei em silêncio por um tempo,
me emocionei bastante e depois entrei em casa.
Em alguns minutos eu voltei
com uma escova de dentes e lhe entreguei.
-'Quando você terminar de cortar  grama', eu disse,
-'você pode também varrer a calçada'.
Depois disso não me lembro de mais nada.
Os médicos dizem que eu voltarei a andar,
mas mancarei pelo resto da vida.
 
O casamento é uma relação
entre duas pessoas na qual
uma está sempre certa
e a outra . . . é o marido'.