A lista com os 253 projetos aprovados pelas comissões técnicas e que vão concorrer à terceira e última etapa do Edital Pontos de Cultura será publicada na edição de amanhã (13) do Diário Oficial do Estado. Também estará disponível no site www.cultura.ba.gov.br/pontosdecultura.

  No próximo dia 28, a comissão de mérito, formada por representantes do Ministério da Cultura, Secretaria de Cultura e sociedade civil escolherá dentre os 253 aprovados os 150 projetos que se integrarão à rede nacional de pontos de cultura e receberão R$ 60 mil por ano, durante três anos para o desenvolvimento de atividades culturais.

  Todos os 26 territórios de identidade do Estado conseguiram aprovar projetos com avaliação técnica acima dos 50 pontos mínimos exigidos pelo edital. "Além da abrangência geográfica, as propostas contemplaram as mais variadas manifestações de cultura local, memória e história, num painel rico e diversificado", avalia Ângela Andrade, superintendente de Cultura da Secult. 

  As maiores pontuações foram obtidas pelos projetos Pinaíndios - culturas em rede, que contempla comunidades indígenas do Litoral Sul, Extremo Sul e Itaparica, com 96,7 pontos, o Oca da Minhoca, de cultura popular em Morro do Chapéu, com 91,4 pontos e o Memorial de Saberes e Fazeres, da Fundação Anísio Teixeira, em Caetité, com 84,1 pontos. O quarto projeto melhor avaliado foi o Oju Ilê Fun Fun do Terreiro da Casa Branca, em Salvador, com 82,6 pontos, seguido do Palco Aberto - Circo do Capão, que ficou em quinto lugar com 82,2 pontos.

  INVESTIMENTOS

  A comissão que vai escolher por mérito os 150 projetos terá a participação de Célio Turino, secretário de Programas e Projetos do Ministério da Cultura, o principal idealizador do projeto, que hoje integra uma rede de 685 pontos em todo o Brasil. No primeiro ano, todos os Pontos de Cultura selecionados deverão investir R$25 mil na aquisição de equipamentos multimídia, fundamentais para a inclusão digital dos grupos e integração à rede nacional, divulgação de suas produções e o intercâmbio. Ao final de três anos, os projetos devem atingir a meta de geração de renda e a sustentabilidade.

Para Sophia Rocha, coordenadora do Edital, a diversidade de projetos vai possibilitar o intercâmbio não só de organizações que desenvolvem atividades semelhantes como também entre aquelas que trabalham com linguagens diferentes. "Com a rede, grupos que desenvolvem projetos de tecnologia digital, por exemplo, vão poder interagir com outros que trabalham com cultura oral, o que abre possibilidades inéditas de troca de informações" avalia.

O edital é resultado de uma parceria entre os governos estadual e federal e vai destinar, no total, R$27 milhões para apoiar organizações socioculturais que desenvolvam projetos de ação continuada, como oficinas de formação, atividades de intercâmbio, circulação e memória.

Criado para apoiar associações comunitárias com infra-estrutura e mecanismos de intercâmbio, o projeto Pontos de Cultura é uma das ações prioritárias do programa Mais Cultura do governo Federal e tem como objetivo garantir a continuidade e a sustentabilidade de iniciativas da sociedade civil consideradas importantes para o desenvolvimento social do país através da cultura.