Infiltrações no telhado, desgaste nas estruturas de madeira e concreto e forros estragados. Estes foram os principais problemas acumulados no Palácio da Aclamação, no centro de Salvador, ao longo dos últimos 18 anos, período em que o imóvel não recebeu intervenções.
Outros cinco imóveis que passarão por intervenções são a Igreja e Cemitério do Pilar, Igreja do Rosário dos Pretos, Oratório da Cruz do Pascoal, Palácio Rio Branco e Casa das Sete Mortes - essa última ficará completamente diferente, porque os azulejos portugueses serão restaurados, bem como toda sua fachada, tornando-se uma referência em qualidade de estilo, segundo o superintendente do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), Frederico Mendonça. Os recursos para os reparos no Palácio da Aclamação (R$ 1,5 milhão) são do tesouro estadual e dos outros imóveis (R$ 15 milhões), são do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), custeados por meio de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida do Governo do Estado.
Frederico Mendonça informou ainda que todas as obras, com exceção da Igreja do Rosário dos Pretos e do Oratório da Cruz do Pascoal, terão inicio imediato.
INFLUÊNCIA POSITIVA
O governador Jaques Wagner, que visitou nesta quarta-feira (23) a obra já iniciada no Palácio da Aclamação, destacou a importância de se preservar os valores históricos e culturais. Ele lembrou que muitas pessoas desconhecem a história e que a reforma dos imóveis vai impulsionar a economia local e exercer uma influência positiva na vida das comunidades que vivem no entorno do Centro Antigo de Salvador.
Realizadas por meio de parceria entre as secretarias estaduais de Cultura e de Turismo, as obras, que possuem prazo de conclusão de até dois anos, têm como principais objetivos a abertura de novos pontos de visitação em Salvador e a inserção das famílias que vivem nas proximidades dos prédios históricos. Não queremos oferecer somente sol e praia, mas também a cultura e a história da nossa terra para as pessoas que visitam a Bahia", disse o secretário de Turismo, Domingos Leonelli. RIO BRANCO
Os 18 anos sem intervenções no Palácio da Aclamação deixaram um saldo de desgaste. O prédio, que foi residência oficial do governador de 1917 até a década de 70, tem problemas no telhado, infiltrações, além de pinturas e paredes danificadas pela ação do tempo.
Segundo o engenheiro responsável pela obra no imóvel, Saulo Faria, será feita a recuperação completa do teto, forros, vitrais e fachada. "Tudo isso preservando as características originais", explicou.
A obra do prédio, que está tombado provisoriamente pelo Ipac deve ser concluída até outubro deste ano.
|