O Bando Virado no Móhi de Coentro comanda a partir do próximo domingo, 8, o São João do Rio Vermelho no Mariquita Bonita. A iniciativa é uma extensão da promoção do São João da Bahia pelo Governo do Estado, Secretaria de Turismo, Bahiatursa e Fundação Gregório de Matos.
  

  A primeira edição do projeto São João do Rio Vermelho no Mariquita Bonita conta com a participação da banda Danado de Bom, do ator de rua Gabriel Bandarra com um recital de poesias e do grupo BarLavento com um repertório especial, preparado para o período junino, com muito forró.

  Desde o início do mês de abril, o projeto Mariquita Bonita tem atraído a cada semana diferentes públicos com apresentações gratuitas de música, teatro e poesia, fomentando o lazer e o entretenimento no complexo de bares de um dos mais tradicionais bairros de Salvador. Pelo palco do Mariquita, já passaram artistas como Will Carvalho, Raimundo Sodré, o violonista peruano Mário Ulhôa, entre tantos outros que assim como o Bando ajudam a valorizar a cultura nordestina.

O Bando -

Toda irreverência, criatividade e musicalidade estão traduzidas nos sons dos pífanos e no personagem Capitão Corisco, incorporado pelo vocalista do grupo Fernando Corisco. Desde 2001, o Bando Virado no Móhi de Coentro vem desenvolvendo um trabalho que traz como premissa básica, a revitalização da música tradicional nordestina.

Com dois CDs gravados, 'Natoralmente' Procurado (2006) e It's Not Mole Não' (2008), o grupo é uma mescla entre os ritmos contemporâneos e a legítima sonoridade sertaneja sob a influência de grandes nomes da musica regional brasileira, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Hermeto Pascoal e Xangai, seu maior incentivador.

O mais recente trabalho It's Not Mole Não' (2008) lançado em abril deste ano, apresenta 12 faixas com composições do próprio Fernando Corisco, em parceria com Val Macambira, Arnoldo Silva, Chico Joffely e Wilberto Leite - com exceção para 'It's Not Mole Não', de autoria de Aciole Netto e 'Força da Natureza', de M. Nonato.

Ao longo dos seus sete anos de existência, o Bando Virado no Móhi de Coentro já realizou turnê pela Europa, participou de grandes festivais nacionais e internacionais, entre eles o Festival de Verão, Mercado Cultural Latino-americano, Festival Internacional de Flautistas e o italiano Festival Internazionale Del Musicista di Strada.

Forró Danado de Bom 

Voltado para o estilo Pé de Serra, um forró mais tradicional, porém com novos ingredientes. Apesar de jovem, a banda Forró Danado de Bom tem chamado a atenção do público pelo seu repertório diversificado, alegre, e acima de tudo dançante. Isso deve-se principalmente à influência que a banda tem no seu trabalho de ícones como Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Dominguinhos, Sivuca, de compositores como Petrúcio Amorim, Accioly Neto, Maciel Melo, Nando Cordel, Zelito Miranda e outros.

O Grupo BarLavento

Idealizado pelos músicos Davizinho de Mutá e Hamilton Reis, juntos há 15 anos e com dois cds gravados, já levaram a arte do samba-de-roda à Itália, França, Espanha e Inglaterra. Com a banda de apoio formada pelos percussionistas Henrique Almeida, Robert Mão-de-Ouro e Cuca, Aloísio do Cavaco e Bruno Reis no baixo, o BarLavento (ex-Barravento) segue a caminhada difundindo a música brasileira  de raiz, principalmente o samba-de-roda autêntico do Recôncavo.

Por onde passa, o BarLavento leva o canto e a labuta de pescadores, marisqueiras, o dia-a-dia das pequenas comunidades do Recôncavo: Mutá, Salinas da Margarida, Pirajuia, Cações, Nazaré, Valença e  Jaguaripe. O grupo ainda traz fortes influências da capoeira, candomblé, além de mestres como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.

No repertório, músicas de domínio público (a rolinha gemeu, Carolina, Ina do Mairi, Eu vou arriar de beber, Minha prima, Que Luz é aquela? Tandiê-Tatê) e as consagradas: Vatapá da Veia e Olhado de cobra, ambas de Davizinho de Mutá e Ricardo Cruz, Pra que brigar e Aonde/ (Hamilton Reis e Ricardo Cruz) e algumas inéditas gravadas recentemente pelo Grupo.