Camaçari já tinha algumas pensões, a de Sêo Garrido, a de Dona Nehém e a de Sêo Maneca, e a de Dona Josefa, conhecida como Josefa do Mingau.
O Hotel Meridional, que era uma grande chácara, onde funciona hoje uma clínica e seus donos eram Sêo Severino e Dona Conceição, e a Pensão Santa Terezinha, ou Pensão de Teté, considerada a melhor e mais importante, ambas situadas na Avenida Francisco Drumond, antiga Rua do Limão.
Teté, cujo nome era Etelvina, foi uma mulher de raça negra, simpática, alegre, que teria chegado a Camaçari pra tratar de um sobrinho, que estava muito doente e aos poucos foi recevendo uma ou outra pessoa para passar dias pelo mesmo motivo ou mesmo para descansar.
E assim se destacou entre as pessoas que contribuiram para progresso de Camaçari.
Embora fosse analfabeta, Teté dominava fluentemente o inglês, o francês e o alemão. Isto porque, antes de instalar sua pensão, foi empregada de um comendador, o coronel Lemos, o qual, viajava todos os anos para países da Europa, onde a cada viagem passava seis meses, com sua família.
Teté o acompanhava nessas viagen e daí aprendeu a falar tantos idiomas.
Quando o comendador se aposentou comprou uma casa para Teté, em Camaçari, local de veraneio, de esta montou a pensão.
Vários políticos e personalidades baianas foram hóspedes veranistas na Pensão de Dona Teté, entre eles, o ex-governador Otávio Mangabeira, o qual, chamada na intimidade de Ioiô.
* Causo retirado do livro Camaçari, Sua História, Sua Gente de Sandra Parente.