Cultura

INSTITUTO GOETHE APRESENTA MOSTRA DE FILMES ALEMÃES SOBRE 1968

Veja programação
| 23/05/2008 às 19:34
Por ocasião dos quarenta anos desde o movimentado maio de 68, o Goethe-Institut mostrará uma seleção de filmes tratando deste assunto. O abrangente movimento político, social e sexual, não por último, deu impulsos criadores fortes para o cinema nacional e internacional.

A mostra "1968 + 40: Repercussões do ano de 1968 no cinema" apresenta cinco filmes alemães, dando uma impressão dos diferentes movimentos políticos ou até terroristas, dos conceitos de um casamento e do papel da mulher dentro deste contrato e finaliza com as reflexões de Harun Farocki sobre os efeitos do progresso técnico sobre o corpo humano.

PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA:

27/05 - A Partida (Die Abfahrer, 1978)
Dir.: Adolf Winkelmann
Com: Detlev Quandt, Ludger Schnieder, Anastasios Avgeris, Beate Brockstedt, Josefine Carrée

Atze, Lutz e Sulli são três jovens desempregados. Saturados da ociosidade, eles roubam um caminhão de mudança carregado e partem ao acaso, para fugir à sua dura realidade. Primeiramente, dão carona a uma garota e então seguem viagem pela região do Ruhr. Infelizmente, a polícia já saiu em seu encalço e a brincadeira de mau gosto converte-se em amarga realidade.
 

   

03/06 - Como se vê (Wie man sieht, 1986)
Dir.: Harun Farocki
Com: Corinna Belz

Produção civil e militar: o tanque tem origem numa alfaia agrícola, a metralhadora é baseada num princípio idêntico ao de um motor de combustão. Farocki mostra-nos a história da técnica como uma sequência de fases de automatização, nas quais a mão humana vai sendo posta de lado pela capacidade de cálculo do computador.

O filme fala de meninas em revistas pornográficas, de mortos sem nome em uma vala comum, de máquinas tão feias que tornam necessário proteger os olhos dos trabalhadores, de motores bonitos demais para ficarem escondidos, de processos técnicos, que mantêm ou destroem a colaboração entre mão e cérebro. "Meu filme `Como Se Vê´ é uma composição ou um ensaio. A opinião pública é uma grande goela e talvez um lobo feroz. A partir de remendos, eu crio um novo texto e, dessa forma, eu realizo uma gincana".