Algumas contas, outros cantos e um contato Natural de Salvador, Saulo Boavista se considera um "cantor clandestino", por conta do hábito que sempre teve - desde a infância -, de cantar escondido pelos cantos escuros das casas onde já morou.

  Atualmente, ele canta no centro de São Paulo. Hoje, ele está para lançar seu primeiro CD, cujo trabalho foi concluído no verão do ano passado. Gravado no estúdio Anonimato (SP) e mixado no Ilha dos Sapos (BA), o CD contou com a contribuição de grandes músicos brasileiros. Nailor Proveta, Oswaldinho do Acordeom, Dimos Goundarolis, Guello, Toninho Carrasqueira, Renato Consorte, além de quase trinta artistas participaram das gravações.
 
  A direção musical ficou a cargo do maestro João Omar, que também, escreveu e regeu os arranjos de cordas e sopros. O CD foi masterizado no Classic Master(SP). Enquanto o lançamento do álbum é negociado, Saulo tem se empenhado em viabilizar seu show "Quinze Mistérios e Uma Garantia".
 
  Para o espetáculo, o cantor fez um repertório de MPB - consagradas e inéditas - levando em consideração critérios artísticos e afetivos, que vão desde Chico Buarque a David Bowie, cabendo, ainda, Charlie Brown e Carlinhos Brown, além de canções do disco, compostas por Graco Lima Jr. e Clério Ferraz.

  Ele se apresentará com 1 violonista, 1 baixista, 1 violoncelista e 3 percussionistas. As escolhas foram feitas para poder acrescentar algo original às composições que marcaram sua formação musical. Mais uma vez, o maestro João Omar foi convidado a reger essa pequena orquestra.
 
  "Quinze Mistérios e Uma Garantia" também terá concepção cênica, que inclui cenário, figurino, iluminação e projeções. A propósito, o nome do espetáculo, embora permeie toda a apresentação, apenas se revela no final: envolve números, estrelas, santos, malandros, futebol, chuva e uma mulher. Nada mais típico para alguém que sempre fez da própria voz um mistério.