Possibilitar o acesso ao livro e estimular o hábito da leitura. Este é o principal objetivo do projeto de lei, de autoria da vereadora Olívia Santana (PCdoB), aprovado recentemente pela Câmara Municipal. A rigor, o projeto ainda não deslanchou como era de se esperar.

Entre as metas está, ainda, segundo a autora, "realizar um estudo aprofundado da história literária e editorial, estimulando a rigidez e a perfeição da linguagem literária e traçar uma política de reparação, que resgate e dê voz às manifestações das duas etnias (indígena e africana) que formaram a nação brasileira".

Olívia Santana lembra que Salvador é uma cidade que caminha para uma população de quase três milhões de habitantes e possui apenas duas bibliotecas municipais, oito bibliotecas comunitárias e sete bibliotecas estaduais. Segundo dados do MEC (2005) Salvador tem 11% de analfabetos em sua população, um dos mais baixos das capitais do país.

Dentro dessa realidade Olívia acredita que o seu projeto pode contribuir para mudar esse quadro estatístico e complementa: "esse projeto é importante por que, durante muitos anos, Salvador permaneceu parada em relação a uma política municipal de incentivo a leitura e a primeira capital do país tem uma importante contribuição a dar ao Brasil em relação ao nível de letramento do povo brasileiro".

O ano de 2007 foi instituído pela lei 7.097/2006 como Ano Municipal da Leitura. A lei, aprovada na Câmara Municipal de Salvador e sancionada pelo Executivo, possibilitou a mobilização em torno da leitura e contribui também para que educadores e pessoas em gerais  refletissem sobre a importância da leitura e a necessidade de expandir e pluralizar a cultura da mesma. E o projeto de Olívia vai contribuir para que o hábito de ler cresça e  popularize mais ainda em Salvador.