Tem umas coisas na cidade da Bahia bastante sugestivas e engraçadas, típicas do subdesenvolvimento. Veja, por exemplo, a placa que colocaram na Rótula do Aeroporto falando sobre o Carnaval de Salvador. Diz "we are Carnaval" como se os moradores da Itinga e de São Cristovão soubessem que diabo é isso.

   Agora, surge em profusão nas colunas sociais o marido da cantora Margareth Menezes, Robson Costa, citado como artista plástico.

   Aí tava uma manicure num salão de beleza no Chame-Chame, a qual, quando viu a foto do rapaz numa coluna social se espantou com o que leu e disse: "Esse aí eu conheço! É Robinho. Mora perto da casa da minha vó no Calabar e vende artesanato".

   Nada contra rapaz, até porque, vender artesanato é uma profissão tão dígna quanto ser artista plástico. Mas, vai uma diferença entre uma e outra profissão muito grande.

   Foi assim que Dadá, nobelíssima cozinheira do Alto das Pombas, se transformou na mais festejada quituteira da Bahia. E, até hoje, ninguém sabe se o ex-namorado de Ivete Sangalo, o sérvio, mora em Nova Iorque ou em Cochabamba.

   Agora, estamos às vésperas do Carnaval e a babação aumenta. Sai cada coisa de doer na memória e na inteligência da baianada.

   Então coleguinhas da imprensa, vamos colocar os pés no chão.