A arqueóloga Pilar Luna participa do Simpósio Internacional que acontece em Itaparica
Pilar Luna Erreguerena, México, durante sua fala no Simpósio Internacional, em Itaparica (F/BJ)
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A arqueóloga Pilar Luna Erreguerena, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, em fala ao Bahia Já durante o Simpósio Internacional de Arqueologia Marítima das Américas, que acontece em Itaparica, Bahia, afirmou que a história dos povos na América Latina poderá ser modificada com os estudos que estão sendo feitos em arqueologia em várias partes do Continente Americano.
Pilar destacou em sua palestra no Simpósio que na Península de Yucatã, objeto de pesquisas subaquáticas e arqueologia marítima desde 1995, o mar subiu de nível ao longo dos séculos algo em torno de 63 metros e culturas de algumas civilizações e povos estão submersas, daí que a história do México e de parte do continente deverá ser "cambiada" (mudada).
"Estamos trabalhando numa região, no Estado de Campeche, Península de Yucatã, num porto onde se relacionavam diversas civilizações, da Europa e as Américas Latina e do Norte, num dos pontos preferenciais de todos os piratas das Américas", situou Pilar destacando que há uma riqueza enorme ainda submersa, agora sendo analisada, a partir de 1995, com estudos de uma frota espanhola que, entre 1630/1631, naufragou rumo à Espanha.
A arqueóloga destacou ainda que no México há uma consciência enorme sobre a arqueologia terrestre, geradora de um fluxo turístico muito grande para o país, sobretudo em relação à cultura dos Maias, mas, que essa consciência se expande para a arqueologia marítima, sendo que, hoje, nos 32 estados mexicanos, em cada um deles existe um INHA, um Instituto, uma Oficina de Arqueologia Marítima.
Segundo a pesquisadora os museus in Situ (ao mar), a divulgação desses trabalhos, os estudos que estão sendo realizados, vão proporcionar um novo ambiente cultural e educacional, envolvendo também as comunidades, e isso propiciará, no futuro, atividades econômicas, no turismo, na pesquisa e em outras.