Em suas entrevistas à imprensa o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, tem afirmado que no governo passado havia castas e privilégios a determinados grupos encastelados nos órgãos de promoção da cultura. E que, a cultura acontece na legalidade destacando que a manutenção de órgãos, segundo a Procuradoria Geral do Estado, é ilegal.

  Ademais, situa sempre que havia inúmeras irregularidades nas gestões desses órgãos, sob a direção dos gestores de cada unidade (Fundação Casa de Jorge Amado, Theatro XVIII, etc) e comando do então secretário Paulo Gaudenzi.

  Meirelles não cita o nome de Gaudenzi, nominalmente, mas, ao se referir ao governo passado, implicitamente, põe o nome do ex-secretário na fogueira.

   Paulo Gaudenzi, hoje, é consultor de turismo para o governo do Estado de Pernambuco e outros e, até onde se sabe, o então secretário não manteria durante todos esses anos que dirigiu a cultura na Bahia, no âmbito da clandestinidade ou da ilegalidade, ou da irregularidade como prefere citar Meirelles.

   O secretário Gaudenzi, que até agora não deu uma palavra sobre esse desmonte da atividade cultural na Bahia, está devendo explicações ao "eleitorado". E, mesmo que não queira entrar na polêmica em relação ao desmonte, deve dizer algo a respeito dessas irregularidades tão citadas por Meirelles.

   Segundo Meirelles, as dispensas de licitações que realizou para o atual governo, acima de R$2 milhões são legais. E as anteriores, não seriam legais?

   Sobre a diretora do MAM/BA, Solange Farkas, que dirige o museu residindo em São Paulo atesta que é uma pessoa premiada internacionalmente e que está fazendo um excelente trabalho, inclusive se restauração do acervo que estava aos frangalhos.

   E seria legal ou regular, uma diretora dirigir um museu distante 2.200 km da cidade de origem?

   Sobre o Pelourinho, objeto maior da polêmica, Meirelles atesta que a partir da amanhã, 3, quando o governo entregará dois casarões para 11 moradores, deverá retomar as atividades de aniamação. E aí a situação vai melhorar.