Cultura

CAUSO DOMINGUEIRO (XV): DUAS HISTÓRIAS DE CAMAÇARI, POR SANDRA PARENTE

Histórias retiradas do livro de Sandra Parente
| 29/09/2007 às 22:28
  Primeira história:
 
  Camaçari já tinha algumas pensões: a de Sêo Garrido, de Dona Neném, Sêo Maneca e a de dona Josefa, conhecida como Josefa do Mingau.

   O Hotel Meridional que era uma grande chácara, onde funciona hoje uma clínica e seus donos eram Sêo Severino e Dona Conceição, e a pensão de Terezinha ou pensão de Teté, considerada a melhor e mais importante, ambas situadas na Avenida Francisco Drumond, antiga Rua do Limão.

   Teté, cujo nome era Etelvina, foi uma mulher de raça negra, simpática, alegre, que teria chegado a Camaçari para tratar de um sobrinho, que estava muito doente e aos poucos foi recebendo uma ou outra pessoa para passar dias pelo mesmo motivo ou descansar.

   Embora fosse analfabeta, Teté dominva o inglês, o francês e o alemão. Isso porque, antes de instalar a pensão fora empregada do comendador Lemos, que viajava todos os anos para Europa e levava Teté. 

   Segunda história:

   A Barbearia de Sêo Osvaldo, uma figura de fala apressada, andava numa lambreta e sempre gostava de fazer grças ao chegar em frente de sua casa comercial, onde geralmente seus clientes o esperavam.

   Ao chegar, fazia como se estivesse dando uma queda de asae dizia "Sio Mulinha", não sei até hoje explicar a expressão, mas tudo bem fica por conta da imaginação.

  O fato é que a barbearia de Sêo Osvaldo só andava cheia.

* Causos retirados do livro Camaçari, Sua História, Sua gente de Sandra Parente.