Cultura

EX-CHEFE DA AGECOM DIZ QUE "CONTAMINADA" É LICITAÇÃO DO GOVERNO ATUAL

Veja a resposta do jornalista João Paulo Costa
| 27/09/2007 às 15:09
  O ex-cehfe da Agência de Comunicação do Governo do Estado (Agecom) no governo Paulo Souto, jornalista João Paulo Costa, afirmou ao Bahia Já que, apesar de não se sentir diretamente atingido pelas "declarações genéricas do engenheiro Robinson Almeida a respeito da propoganda oficial na Bahia, sinto-me no dever de informar que o que eu considero "contaminado", por assim dizer, são certos procedimentos feitos pelo atual governo".

  Segundo Robinson Almeida, em matéria veículada no site da Agecom, na última quarta-feira, 26, " a licitação de propaganda era um processo contaminado que conseguimos deixar a limpo". Ainda segundo o atual assessor, "o procedimento interno é para que toda estrutura do governo possa dar conhecimento e cumprir o preceito constitucional de informar o povo".

   Para o jornalista João Paulo, "contaminada" está a Agecom atual. Em seguida, listou o que considera "contaminação":

    1- O gasto de mais de R$ 10 milhões em publicidade governamental por dispensa de licitação durante este ano;

    2 - A publicação de nota paga nos jornais usando o nome do governador Jacques Wagner - fato esse que fere o princípio da impessoalidade e é motivo de ação no Ministério Público Estadual;

   3 - A publicação de um jornal eminentemente político chamado de "Jornal de Todos Nós" feito com recursos públicos - fato também notificado ao MPE;

   4 - O uso do Diário Oficial para publicar notícias políticas contra o governo anterior e contra adversários do partido do governador;
 
   5 - O estabelecimento de um slogan governamental - "Bahia, Terra de Todos Nós" - que é uma reprodução do slogan da campanha eleitoral  de Jacques Wagner - "Bahia de Todos Nós" - e do próprio nome da coligação do governador eleito, o que fere a Lei Eleitoral.
 
   A respeito da transparência da attual licitação, João Paulo situa que "realmente a realizada pelo engenheiro Robinson foi mais que isso, foi translúcida, tanto que, logo que foi divulgado oficialmente o modelo a ser implementado, o mercado, há mais de quatro meses, já sabia o nome das quatro agências que seriam vencedoras. Duas das quais, inclusive, executoras da campanha política de Jacques Wagner".