Cultura

UMA SEMANA DEPOIS QUE JOBIM CHAMOU BAIANOS DE PREGUIÇOSOS NADA OCORRE

O ministro Jobim continua devendo uma satisfação aos baianos
| 21/09/2007 às 18:15
Cartaz que foi colocado na Basílica do Bonfim, durante missa em memória de ACM (Foto:BJ)
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  Tem uma semana que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, veio a Bahia participar de um evento no paradisíaco Costa de Sauípe e numa pitada de mau gosto disse que os baianos não gostam de trabalhar, referência galhofeira que se incorporou na cultura local, dando conta dessa preguiça baianês, objeto até de uma tese acadêmica.

   O ministro desculpou-se afirmando que não disse o que disse (a imprensa e os presentes eram surdos) e saiu-se com elogios a criatividade e a inteligência baianês, notórias, também.

   O Bahia Já fez uma enquete entre os dias 15 e 17 últimos perguntando aos nossos leitores se o ministro devia uma desculpa formal aos baianos.

   Resultado: 90.24% (37 votos) disseram que sim, que o ministro deveria se retratar; e 4 (9.76%) disseram não.

   Ou seja, pelos leitores do BJ, Jobim deve uma satisfação aos baianos.

  AI QUE SAUDADE

  A propósito, durante a semana, ninguém reclamou do ministro, nem mesmo seu antecessor, Waldir Pires, notório personagem integrante desse folclore baianês.

   Os políticos ficaram calados, mudos. E aí, veio a lembrança da falta que o ex-senador ACM faz a Bahia num momento dessa natureza.

   Quer se goste ou não do Cabeça Branca, vivo fosse, teria puxado as orelhas do ministro, no mínimo, em fala no Senado ou na imprensa.