Cultura

THEATRO XVIII FECHA AS PORTAS NO PELÔ E TEM AUDITORIA EM SUAS CONTAS

É o desmonte do Pelô em curso
| 19/09/2007 às 20:15
   Mais uma baixa no Pelourinho. Depois da Livraria do Autor Baiano que fechou suas portas no primeiro semestre deste ano, agora é a vez do Theatro XVIII encerrar suas atividades.

  Para a diretora e idealizadora Aninha Franco, a explicação é que "o contrato de manutenção das despesas de funcionamento (energia elétrica, água, folha de pagamento de funcionários e prestadores de serviços), vencido em fevereiro de 2007, e aditado em 20% do seu valor para cobrir despesas de seis meses (março a agosto deste ano), ainda não foi renovado, criando dívidas impagáveis".
 
   O superintendente de Promoção Cultural da Secretaria da Cultura, Paulo Henrique Almeida, garantiu, em comunicado oficial - antes do anúncio do fechamento -, que  a Secult "apóia o Theatro XVIII, assim como as instituições culturais da Bahia". Ele explicou que  a Secretaria de Cultura, a  Auditoria Geral do Estado e o Tribunal de Contas estão realizando auditoria rigorosa em todos os projetos apoiados pelo Fundo de Cultura e pelo Fazcultura, encontrando pendências em muitos casos.

  Uma dessas pendências  foi encontrada  no Theatro XVIII.


  "No caso do Theatro XVIII, existiam pendências relativas à prestação de contas, que já foram quase todas regularizadas. Resta um questionamento para o qual foi apresentado recurso pela direção da administração do Teatro, que está sendo apreciado pela Comissão Gerenciadora do Fazcultura".
 

  Outra problema do XVIII, no caso do Fazcultura, é que "existem pendências também entre certos patrocinadores e a Secretaria da Fazenda do Estado, em processo de regularização, mas que atrasam a liberação do incentivo de alguns poucos projetos", acrescentou.
 
  Ele disse, ainda,  que a "Secretaria de Cultura tem, a princípio, a certeza da idoneidade e caráter dos produtores e instituições na questão e, em geral, entende que a maior parte dos problemas foi gerada por falta de controle do Estado, no passado, e não por má fé".