Cultura

MENINAS ATLETAS DA SOBREVIVÊNCIA VENDEM BOMBONS NAS SINALEIRAS DA ACM

É a luta pela sobrevivência na sociedade da exclusão
| 03/09/2007 às 15:50
Márcia, 14 anos, vendedora de bombons na sinaleira do Hiperposto (Foto:BJ)
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  A luta pela sobrevivência criou uma atividade inusitada nas imediações da sinaleira do Hiper Posto, na Avenida ACM, com grupos de crianças e adolescentes vendendo a R$1,00 bombons e balinhas de café enroladas e postas nos retrovisores dos carros.

   São as atletas (maioria garotas entre 13 e 15 anos moradoras de uma invasão próxima a subida de Brotas) do asfalto. Correm, em média, algo em torno de 10 a 12 quilômetros, todos os dias, suando a camisa para venderem entre R$10 e R$20 reais, dinheiro que ajuda no sustento de suas famílias.

   Cada garota consegue colocar nos retrovisores dos veículos dez pacotes de balas no momento em que as sinaleiras fecham. E, rapidamente, retornaram ao ponto de origem e vai recolhendo-os, com alguns clientes pagando R$1,00.

   Muitas dessas meninas sequer usam tênis e correm de pés descalços, num vai e vem ininterrupto. É a cidade da Bahia e a eterna exclusão das minorias.