Falando no início deste noite de quarta-feira, 15, no auditório do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) sobre Caramuru e Paraguaçu, cinco séculos de história nas origens européias do Brasil, o engenheiro militar e presidente do Centro Cultural e de Pesquisas do Castelo da Torre, Christovão Dias de Avila Pires Junior, afirmou que, se não fosse o frei Santa Rita Durão (autor do poema épico Caramuru) "ninguém no Brasil saberia quem foi Diogo Álvares".

  Para Avila Pires Junior a dupla Caramuru e Catarina (Paraguaçu) tem uma importante enorme na história do Brasil e, sobretudo na História da Bahia, mas, infelizmente, muita gente sequer sabe que a cabloca que desfila em carro alegórico durante os festejos comemorativos da Independência da Bahia, representa Catarina. 

  Ademais, citou o engenheiro militar e estudioso do fenômeno Diogo Álvares, o Caramuru, até hoje sem identificação do lugar que nasceu na Europa (se em Viana do Castelo, La Coruña ou outra localidade), este personagem pontua a história do país desde os seus primórdios com o movimento indianista, a música (a ópera Paraguaçu foi apresentada na França no século XIX), a igreja católica (fundador da hermida da Graça), na política (Partido Caramuru), na miscigenação brasileira, entre outros.

   Este ano, em outubro, acontecerá o aniversário (450 anos de morte de Caramuru) falecido em Salvador no dia 5 de outubro de 1557. E, em 2009, os 500 anos de sua chegada ao Brasil. Avila de Pires Junior espera que a Bahia lhe preste uma grande homenagem.