A EBMSP está devendo uma homenagem ao médico
Ainda estava no curso de jornalismo da UFBA, salvo engano no ano de 1970, quando convidaram o jornalista da editoria de Polícia de A Tarde, Walmir Palma, para fazer uma palestra.
Walmir era autodidata, considerado em sua época grande repórter de Polícia, sobretudo porque conhecia todo o setor e tinha fontes privilegiadas. Naquela época, sem sistema on-line, valia muito a amizade para que a informação exclusiva chegasse as suas mãos.
Nunca esqueci de uma expressão dita por Walmir, dando conta de que quando morre um bandido a imprensa dá grande destaque; mas, quando morre uma autoritdade médica ou da área do direito, o destaque é mínimo.
A propósito esse nariz de cera encaixa-se bem diante da cobertura pequeníssima realizada pela imprensa baiana sobre a morte do médico Celso Luís Santiago Figuerôa, mais conhecido por Celso Figuerôa, médico do mais alto gabarito, o qual, durante anos foi educador de gerações de futuros médicos na Escola Bahiana de Medicina.
Hoje foi a missa de sétimo dia do seu falecimento e a Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciênicas (FBDC), a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e o Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC) publicou um obtuário nos jornais, sequer sem sua foto.
De uma pobreza, inacreditável. Certo; pois o ensinamento do saudoso Walmir Palma, o qual, também já seguiu para o andar de cima há anos. (TF)