Uma gigantesca bandeira com as cores do arco-íris foi colocada na entrada do prédio da Câmara, cobrindo grande parte da sacada. Antes mesmo da sessão começar, representantes de movimentos gays se pronunciavam em frente ao prédio e criticando a intolerância e a homofobia contra os homossexuais.
Para a idealizadora do evento, a vereadora Vânia Galvão, essa é uma boa chance para se pensar sobre as dificuldades enfrentadas pela classe. "Essa idéia foi para se fazer um dia de reflexão contra a intolerância e o desrespeito. Essa oportunidade é para se discutir e refletir sobre os maiores problemas enfrentados pelos homossexuais, lésbicas, transexuais, travestis, bissexuais e lésbicas", disse a vereadora.
LUTRA CONTRA
DISCRIMINAÇÃO
O presidente do GGB (Grupo Gay da Bahia), Marcelo Nogueira, falou que os baianos têm obrigação de lutar contra a discriminação contra os gays. "A Bahia tem tradição gay e por isso tem que dar exemplo de tolerância, respeito e igualdade. Não queremos ser menos nem queremos ser mais, apenas iguais", afirmou.
O antropólogo paulistano Luiz Mott também criticou a discriminação e a crueldade para com os homossexuais. "A sociedade é cruel com os gays. Eu sou homossexual, professor e sou uma pessoa de respeito. O gay não é ladrão. Ladrão tem lá em Brasília", desabafou Mott.
Já o filósofo Ricardo Liper, exigiu que planos educacionais fossem criados em defesa dos interesses da classe. "Nós queremos respeito, dignidade e igualdade. Os planos educacionais que defendam os homossexuais são necessários. Os estudantes gays não podem ser humilhados e espancados nas escolas e nas universidades", concluiu o filósofo.
A sessão foi realizada na última quinta-feira, 28. (Repórter - Marivaldo Filho)