Cultura

DIA DO ORGULHO GAY: PLANOS EDUCACIONAIS SÃO EXIGIDOS POR SEUS ADEPTOS

Ponto positivo para a vereadora Vânia Galvão (PCdoB)
| 29/06/2007 às 11:10
Vânia Galvão desfralda grande bandeira com as cores do arco iris na Câmara (Foto/MF)
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   A Câmara dos Vereadores de Salvador realizou uma sessão especial em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho Gay, por iniciativa da vereadora Vânia Galvão (PCdoB), para a discussão sobre as causas dos homossexuais. O filósofo Ricardo Liper, exigiu que sejam adotados planos educacionais voltados para defender interesses dessa classe.


     Uma gigantesca bandeira com as cores do arco-íris foi colocada na entrada do prédio da Câmara, cobrindo grande parte da sacada. Antes mesmo da sessão começar, representantes de movimentos gays se pronunciavam em frente ao prédio e criticando a intolerância e a homofobia contra os homossexuais.

    
Para a idealizadora do evento, a vereadora Vânia Galvão, essa é uma boa chance para se pensar sobre as dificuldades enfrentadas pela classe. "Essa idéia foi para se fazer um dia de reflexão contra a intolerância e o desrespeito. Essa oportunidade é para se discutir e refletir sobre os maiores problemas enfrentados pelos homossexuais, lésbicas, transexuais, travestis, bissexuais e lésbicas", disse a vereadora.

    
    LUTRA CONTRA
    DISCRIMINAÇÃO

    O presidente do GGB (Grupo Gay da Bahia), Marcelo Nogueira, falou que os baianos têm obrigação de lutar contra a discriminação contra os gays. "A Bahia tem tradição gay e por isso tem que dar exemplo de tolerância, respeito e igualdade. Não queremos ser menos nem queremos ser mais, apenas iguais", afirmou.

   
  O antropólogo paulistano Luiz Mott também criticou a discriminação e a crueldade para com os homossexuais. "A sociedade é cruel com os gays. Eu sou homossexual, professor e sou uma pessoa de respeito. O gay não é ladrão. Ladrão tem lá em Brasília", desabafou Mott.

    
  Já o filósofo Ricardo Liper, exigiu que planos educacionais fossem criados em defesa dos interesses da classe. "Nós queremos respeito, dignidade e igualdade. Os planos educacionais que defendam os homossexuais são necessários. Os estudantes gays não podem ser humilhados e espancados nas escolas e nas universidades", concluiu o filósofo.
 
   A sessão foi realizada na última quinta-feira, 28. (Repórter - Marivaldo Filho)