O e-mail é de Mário Cardoso Campos
Por indicação de amigos tenho acessado diariamente o Bahia Já e, sem favor nenhum, é um dos poucos lugares em que temos notícias quentes nesta Bahia de Todos os Santos e pouco debate.
Não são poucas as vezes que tenho visto notícias requentadas no jornal, cuja origem foi este Bahia Já, que merece o nome.
Tenho acompanhado o debate sobre o Pelourinho neste seu site, iniciado por Dimitri Ganzelevitch.
Concordo plenamente com ele, quando diz que a decadência já é antiga. E para além das ideologias e partidos políticos - vivo também do turismo - gosto desta cidade e é imperativo encontrar uma saída.
Por coincidência, encontrei recentemente em meus papéis uma cópia de uma carta assinada por 52 empreendedores do Pelourinho, endereçada ao Governador César Borges em março de 2001.
Na carta, os empresários reconheciam a importância dos investimentos no Pelourinho mas lembravam que a partir de meados da década passada o modelo já dava sinais de falência.
Dizia a carta: "O Pelourinho já não está tão bonito e nem agradável. Muitos baianos pararam de ir ao Pelourinho. Quando ainda vão, é apenas em grandes festas como a do Natal. Os turistas por sua vez, estão passando a fazer visitas cada vez mais rápidas. E apontam os motivos: O IPAC, que se mostrou - e ainda se mostra - tão eficiente para restaurar e preservar os imóveis, não tem demonstrado capacidade para gerir o Pelourinho...
Dentre as sugestões, e olhe que foi em 2001, estavam a constituição de uma agência executiva para a gerência do Pelourinho e a revisão da política de grandes festas sucessivas, voltando-se a uma promoção mais cotidiana de pequenos eventos e shows nas praças.
Se o velho modelo não deu certo, se não há dinheiro, não seria agora a chance de buscarmos um novo modelo para o Pelô?
E-mail enviado por Mário Cardoso Campos.