O deputado João Carlos Bacelar denunciou nesta terça-feira, 12, no plenário da Assembléia Legislativa que o prefeito João Henrique (PDT) mandou censurar out-doors postos pela Revista Metróple em vários pontos da cidade, onde aparece a capa da revista com um cidadão com nariz de palhaço e a expressão "A Cidade no Buraco".
As peças continham ainda o slogan "A gente escreve o que a gente fala" com a assinatura Rádio Metrópole - a revista da Rádio Metrópole/Grátis. A revista com 30 mil exemplares, segundo Luana Montargil, apresentadora da Metrópole começa a ser distribuida ao público a partir da quarta-feira, 13.
O apresentador e dono da Metróple, ex-prefeito de Salvador, confirmou em seu programa da noite que, embora a secretária do Planejamento da Prefeitura, Cátia Karmelo, tenha afirmando que "a determinação de retirar os out-doors não tenha partido do prefeito, MK garantou que a ordem "foi dele sim" e não adianta querer mistificar.
O certo é que a Central de Out-Door mandou retirar as peças e causou indignação em vários segmentos da sociedade, de políticos e populares que telefonaram para se solidarizar com o radialista.
Agora a pouco, o vereador Antonio Lima (Dem) disse na Metrópole (se solidarizando com MK) que não se deve ter medo de nada "desse animal" e muito menos de "Hugo Chavés". O capitão Tadeu, da base aliada do governo municipal, também se solidarizou com MK e condenou a atitude do prefeito.
JULIANA CUNHA
Em texto de Juliana Cunha, no Blog de MK, a jornalista destaca que "João Henrique mandou retirar os outdoors de divulgação, pois nosso representante eleito ficou um tanto irritadiço porque, tanto o outdoor quanto a capa da revista, trazem a imagem de um cidadão baiano com algo vermelho no nariz. Pena o prefeito não ter cultura e senso de humor para apreciar... "
E mais: "O caso de amor não correspondido entre Janjão e a Metrópole remonta de 2004, quando ele tentou retirar a rádio do ar porque Mário Kertész o tratou como adulto".
Francamente, nessas (e em outras) horas nós ficamos com o Paulo Francis: "Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida".