Vamos aguardar se desta feita Nizan vai além das promessas
A entrevista do publicitário Nizan Guanaes, em A Tarde, edição desta segunda-feira, 11, é dessas para se guardar e cobrar depois, pois, não é a primeira vez que deita falação sobre a Bahia, no estilo "fazer da Bahia o playground doi Brasil" e nada acontece.
Nizan, em tempos idos, porém, não tão distantes assim, anunciou um empreendimento hoteleiro no centro da cidade, salvo melhor juízo com o Emiliano Hotel no antigo prédio de A Tarde, na Praça Castro Alves e a situação continua como antes no quartel de Abrantes.
De sorte que esse entusiasmo de Nizan com a Bahia tem até sentido e louve-se a sua coragem. Vai, no entanto, uma distância muito grande entre a intenção e a realização visto que, como se sabe, a Província da Bahia pouco mudou e até decaiu, sobretudo no que diz respeito às atividades culturais e aos segmentos empresariais.
Existem pouquíssimas empresas na Bahia e as grandes que tem estão com suas sedes em São Paulo.
Além disso, desenvolveu-se em Salvador a cultura caça níquel de eventos socialites - feijoadas, forrós, lavagens, etc - entre os mesmos e se Nizan, de fato, conseguir romper esse ciclo do beiju, berimbau, axé e acarajé, com certeza estará fazendo uma boa coisa.
Agora, se ficar só no marketing, no palavreado, como tem acontecido, será devidamente cobrado.