Cultura

TEATRO XVIII É OUTRO QUE SOFRE COM FALTA DE VERBAS PARA ESPETÁCULOS

O Teatro XVIII está à mingua
| 03/06/2007 às 11:02

  O repensar dos gestores da cultura oficial da Bahia sufoca o Teatro XVIII, localizado no centro histórico, Pelourinho, no momento em que completa 10 anos de existência.

   A comemoração que vai marcar o aniversario da casa, que cobra preços populares nas suas montagens, será mais modesta no dia quatro de junho. Não há recursos suficientes para investir na comemoração do aniversário, segundo informou a assessoria de imprensa do teatro. 


    O espetáculo montado para festejar a década de fundação do local, "Milagre em Salvador", ainda não conseguiu apoio para ser apresentado ao público na ocasião da festa. Inspirada no filme Milagre em Milão, a peça reúne todos os grupos e artistas do Theatro XVIII, a exemplo da Companhia do XVIII, Companhia Axé do XVIII, Tribo do XVIII e os Miúdos da Ladeira. 


   A diretora da casa, Aninha Franco, lamenta os investimentos direcionados à arte na Bahia. "Ainda temos todos os problemas do primeiro dia. Isso não vai mudar enquanto tivermos um sistema neoliberal, onde há empresários decidindo qual a política cultural do país. Mas está na hora de mudar esse modelo porque empresário não entende de cultura e arte. Vamos esperar que mude com o  novo governo, que sempre criticou o neoliberalismo", alfinetou Aninha.


   O Projeto das Segundas-Feiras, por exemplo, está parado. Com uma programação que inclui o "Sarau do XVIII", o "Teatro O Quê?"  e o "Penso Logo Existo" - cuja programação educativa é direcionada, gratuitamente, à população da cidade - o projeto foi montado em 1999 com apresentações e oficinas realizadas às segundas-feiras. As atividades foram interrompidas porque a direção não tinha condições de pagar pelo cachê dos profissionais.