Vamos com calma minha gente
Está havendo uma paranóia geral no meio político em realção a Operação Navalha e sua antecessora, a Octoplus.
A imprensa também entrou nesse mesmo rítimo para acompanhar o que se passa nos bastidores da República, incentivada, inclusive, pelo STF que puxou o fio do novelo.
Mas, a rigor, algumas cautelas precisam ser tomadas, tanto por parte da Polícia Federal, STP, meio político, OAB e seus membros, MP, jornalistas, radialistas, apresentadores de TV e assessores.
Veja o caso do listão dos mimos de Zuleido Veras. Primeiro é a paranóia do próprio empresário que, anotava através de sua secretária, os tais mimos; segundo os comentários ardilosos que se seguiram na imprensa baiana, em especial nos programas populares de TV, sobre o tema.
Ora, mimos no meio político, no âmbito dos cargos de chefia dos governos, no segmento jornalístico e outros são costumeiros e, salvo legislação restrita ao presidente da República, admissíveis, sobretudo quando se tratam de gravatas, livros, lenços, uma garrafa de vinho e assemelhados.
O deputado federal Jutahy Magalhães recebeu uma gravata e está na lista. O ex-deputado Aroldo Cedraz, também na lista, outra gravata. E assim, sucessivamente.
Nós, jornalistas, também recebemos gravatas, vinhos, almoços, etc, e nem por isso - como diria Zé Bim - a casa caiu.
Agora mesmo, um grupo de empresários baianos está sendo acusado de pertencer a um G-8 e a imprensa está se valendo até de informes anônimos, contra-informação do governo atual para atingir o anterior, sem que se tenha as mínimas provas.
A Isto É, recentemente, enlameou a Bahia como se aqui houvesse essa lama toda.
Estamos, portanto, todos paranóicos com essa enxurrada de informes e contra-informes. E, nesse momento, para que não cometamos injustiças com A ou com B, a imprensa também deve ter cautela sobre o que publica e fala.