O Pelourinho está entrando em decadência, novamente.
O secretário da Cultura do Estado, Márcio Meireles, deu uma explicação prosaica em entrevista da TV Band sobre a decadência da animação na área do Pelourinho.
Disse que os shows eram caros, que as vibrações sonoras prejudicavam o patrimônio arquitetônico e que o arcebispo dom Geraldo Majella tinha gostado das mudanças.
"O problema - destacou o secretário - é que as pessoas só se manifestam quando perdem alguma coisa" e que é preciso pensar na coletividade.
Sobre o provável fechamento do Balé da Bahia, do TCA, salientou que não é bem assim e o assunto está sendo analisado, uma vez que criar um grupo de dança é mais fácil do que uma orquestra sinfônica, por exemplo.
COMENTÁRIO
BAHIA JÁ
A verdade é que até agora a Secretaria de Cultura ainda não definiu o que deseja em termos de programação com o Pelourinho, as instituições que recebiam apoio do governo estão à míngua, o Espaço do Autor Baiano já fechou, e os comerciantes estão reclamando da decadência do local. Ninguém sabe, até agora, se haverá o São João do Pelô ou não.
Quando ao Balé da Bahia caiu muito mal as declarações do secretário dadas em A Tarde dando conta de que tem gente ganhando 3 e 4 mil reais, como isso fosse uma fortuna. Mais indignação causou o fato dele dizer que alguns bailarinos estavam ficando velhos porque o balé já tinha 25 anos.
Uaí, como dizem os mineiros, bailarino não pode ficar velho? E se ficar velho tem que parar de dançar? E Ana Botafogo? E Alícia Alonso?
O secretário levou foi muita bourduada nas emissoras de rádio, especialmente na Metrópole.