O Perlourinho está passando por um processo de esvaziamento que até agora ninguém sabe o que acontecerá.
Uma coisa, pelo menos a curto prazo, é visível: o centro histórico, em matéria de incentivos culturais vive dias de apreensão, até que a Secretaria de Cultura do Estado anuncie quais serão os novos caminhos a seguir.
O Espaço do Autor Baiano foi fechado, a Casa da Filarmônica capenga, o núcleo da Capoeira está com os berimbaus silenciados, a Fundação Casa de Jorge Amado padece de verbas, o circuito de atrações musicias e folclóricas Pelourinho Dia & Noite minguou e sobrevivem ações da iniciativa privada (Terça da Benção, ensaios do Olodum, etc) que não dão suporte á área sozinhos.
Clarindo Silva, dono da Cantina da Lua e diretor da Acopelô, associação dos comerciantes do Pelourinho, diz que sem incentivos do governo o Pelourinho (entendido como toda a área do centro históricos) não sobreviverá, na medida em que, além do turista é preciso continuar incentivando os baianos a frequentarem o local.
O secretário de Cultura do Estado, Márcio Meireles, utilizou uma área do Pelô, a Rocinha, como emblemática para dar posse aos seus diretores. Mas, depois, disso, nada aconteceu.
Muitas discussões, muito lero-lero e nada. Os comerciantes outrora acostumados a faturar com o chamariz de turistas e dinheiro, só têm reclamações.
Frederico Mendonça, diretor do IPAC, destaca que uma nova formulação para o centro histórico está em andamento. O governo do Estado ainda não anunciou que tipo de proposta vai aplicar no Pelourinho.
Os comerciantes estão irritados com a demora do governo. Já se passaram quase seis meses e até o momento, nada.
ESPAÇO DO AUTOR
Os autores baianos que tinham livros nas estantes do Espaço do Autor já retiraram seus exemplares. O local está fechado.
O Bahia Já teve acesso ao Espaço e encontrou as estantes com vários livros que pertencem a Secretaria de Cultura e a EGBA. O que fazer com eles? Essa é a pergunta que se faz.
COMENTÁRIO DO
BAHIA JÁ
Já que os livros ainda restantes no Espaço do Autor estão sem uso, o melhor seria doá-los às bibliotecas públicas. Seria, pelo menos, mais sensato.