O líder Democrata José Carlos Aleluia (BA) barrou na Câmara dos Deputados a criação do Conselho Federal de Jornalismo, com o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os pelegos da CUT pretendiam controlar a mídia.
 
   A esperteza petista tinha um objetivo. O silêncio da imprensa sobre o assalto aos cofres públicos. "Percebemos onde Lula e a sua turma pretendiam chegar. Estava em gestação o processo de controle da imprensa.

   Por coincidência, explodiam os primeiros escândalos na administração petista, com denúncias envolvendo figuras íntimas do presidente da República, como José Dirceu, operador do mensalão, segundo denuncia da Procuradoria-Geral da República. No PT, seus dirigentes, sem exceção, imolaram-se em falcatruas.

   A corrupção sistemática, entre outras ações, tentatava transfeir recursos públicos do Banco do Brasil para a construção de uma sede do partido de Lula", lembrou Aleluia. A convivência de Lula com Hugo Chávez não é inocente. O presidente brasileiro teve frustrada a intenção de criar o Conselho de Jornalismo.

  O seu parceiro venezuelano foi bem sucedido. A meia-noite deste domingo, sob protestos do mundo civilizado, Chávez efetiva o plano de terminar a concessão de televisão de 20 anos da Radio Caracas Televisión (RCTV), o canal privado mais antigo e mais popular do país. Pesquisas de opinião mostram que mais de 70% dos venezuelanos, incluindo muitos seguidores de Chávez, se opõem à decisão de não renovar a licença.

   Arturo Sarmiento, um empresário de Caracas que dirige a Telecaribe, uma estação de televisão regional independente e apóia a política do governo, admite que a medida terá "um enorme custo político". Um canal de serviço público, a Televisora Venezolana Social (TVes), deverá substituir a RCTV. Mas poderá ter dificuldades, em parte por razões técnicas.

   Inicialmente, pelo menos, ela só vai transmitir em duas cidades venezuelanas, porque as autoridades não estão assumindo os 53 transmissores operados pela RCTV. Não é coincidência que o governo Lula esteja implantando também uma TV pública.

   Como Chávez e o morimbundo Castro, o presidente petistas, que acaba de ser incluído pelo influente jornal britânico Financial Times no time dos governantes que "rouba, mas faz" - avaliação incorreta, porque o Brasil cresce menos da metade do que crescem outras nações emergentes -, terá um espaço aberto para difundir obras fantasmas e repetir o chavão de que "nunca se fez tanto neste país...". "