Cultura

PROTESTO CONTRA ARCEBISPO DE FEIRA, DOM ITAMAR VIAN, NA MISSA DE RAMOS

O documento condena a transferência de padres sem consultar as comunidades
| 01/04/2007 às 18:00
Folheto condena atitude do bispo em transferir padres sem consultar comunidades (I/A)
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    Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Em Salvador, o cardeal Geraldo Majella, rezou missa para milhares de pessoas no centro histórico da cidade. Já em Feira de Santana, fiéis divulgaram panfleto na cidade condenando a atitude do arcesbipo da localidade, dom Itamar Vian, que vem transferindo párocos sem consultar as comunidades.

   Intitulado "Bispo de Verdade não Toma o Lugar do Rei", o documento destaca que "sozinho ninguém é capaz". E mais: "Igreja sem povo é comunidade morta. Bispo sozinho é viúvo eterno".
Destaca ainda que a igreja Católica de Feira de Santana sai às ruas para reafirmar Jesus como rei e que está forte e unida para defender o Cristo "na figura de todos aqueles que estão sendo injustiçados e perseguidos por causa do seu nome".

   Diz ainda o folheto que "não somos contra as mudanças de padres em nossa Igreja. Somos contra a postura unilateral e autoritária daqueles que, tendo o poder de representar o Cristo junto de seu polvo, nem sequer escutam o clamor de uma comunidade e agem como se fossem donos de tudo e de todos. Amamos a Igreja, como amor e devoção, mas amamos ainda mais as igrejas vivas que constroem esta Igreja, através de obras absolutamente fiéis à mensagem de Cristo".

   Dom Itamar Vian celebrou a missa de Ramos na Igreja Matriz de Senhora Santana, mas, nada falou sobre o panfleto.

    A PÁSCOA

     Relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento.

     Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava "Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi", "Salve o Messias"... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
     O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica  imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.

     Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte.   Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. 
 
     Antes porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz.