A mais antiga referência histórica de Salvador, o provável marco trazido de Portugal por Tomé de Souza, em 1549, encontra-se, agora, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na Barroquinha.

    Trata-se, confirmada a sua veracidade, do mais importante documento da época de instalação da cidade, o marco, o início. O Correio da Bahia, através do repórter Flávio Novaes, vem peregrinando esse assunto desde meados do ano passado e a peça foi descoberta pelo contador aposentado Sizinio Ferreira Santos, na localidade de Passé, distrito de Candeias, à beira mar.

   Em outubro do ano passado o CB levou até Passé o então superintendente do IPHAN na Bahia, Eugênio Lins, e o professor de Arquitetura da UFBA, Mário Mendonça, até o local para conhecerem o monumento e estes ficaram admirados. Lins atestou - sem uma análise mais detalhada da peça - que era mesmo o marco. 

    O professor e historiador Francisco Senna reconhece que não há nenhum outro vestígio da cidade "original como este" e o professor Cid Teixeira, outro renomado historiado,também diz o mesmo.

    OPINIÃO BAHIA JÁ

    Pela importância da peça o IPHAN deveria trazer técnicos em arqueologia de Portugal e outros países da Europa, historiadores brasileiros e portugueses, para que seja dada certificação da mesma e depois colocá-la num ponto de grande visibilidade de Salvador, ou a praça Municipal ou Praça Quadrada, onde tudo começou na construção da cidade; ou na Ponta do Padrão ou Ponta do Caramuru nas imediações ou na testada da entrada da Baía de Todos os Santos no morro do Farol da Barra.