Pola teria que abdicar de uma das funções, temporariamente.
Setores da oposição baiana na Câmara de Vereadores de Salvador e na Assembléia Legislativa do Estado estão consultando juristas para analisarem se o nodo diretor geral do Instituto de Rádio Difusão da Bahia (IRDEB), Pola Ribeiro, irmão do deputado federal Zezéu Ribeiro (PT) pode continuar ocupando o cargo na estatal de comunicação e ao mesmo tempo ser diretor proprietário de uma empresa Stúdio Brasil, de produção cultural na área de cinema.
Entendem essas mesmas fontes que não seria eticamente correta essa postura, sobretudo porque o IREDB é uma instituição de televisão e de rádio, portanto, congênere ao meio áudio-visual.
Neste domingo, mais uma vez, a repórter Ceci Alves, em A Tarde, voltou a abordar problemas com verbas na produção de filmes no pólo baiano, destacando o desentendimento entre Fernando Bélens, diretor de Pau Brasil, e Pola Ribeiro, diretor do Jardim das Folhas Sagradas.
Bélens, educadamente, diz que a transferência de recursos para a Stúdio Brasil, de Pola, representou "desorganização e imaturidade para conduzir o processo". Mas, há quem diga que houve má fé por parte de Pola.
O secretário de Cultura, Márcio Meireles, também em A Tarde, afirmou defendendo seu diretor do IRDEB que não iria apurar nada porque se tratava de uma denúncia com características políticas.
O certo é que o novo pólo de cinema baiano, ainda nos primeiros passos, como diz Solange Lima, presidente da Associação Baiana de Cinema e Vídeo, vê-se envolvido nessa denúncia cujo enredo ainda está longe de ser concluído.