O tão esperado filme Ó Pai Ó que está sendo badalado em Salvador desde o último verão, em especial durante o Carnaval com Caetano Veloso e Jauperi repetindo centenas de vezes a música-frevo nas plataformas dos trios e depois na pré-estréia da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, no último dia 14, até agora, nada nas telinhas dos cinemas de Salvador.

   O que se passa? Esta semana o filme teve sua pré-estréia no Rio e em São Paulo e baianos presentes na festança disseram ao Bahia Já que houve muito glamour, muito luxo, o que significa dizer que a produção está de bem com a grana.

   Mas, está causando suspense, o fato de até hoje, 15 dias depois da pré-estréia nas dependências do TCA, Ó Paí Ó não está sendo exibido no circuito comercial.

   A rigor, e já fizemos esse comentário no Bahia Já, anteriormente, ninguém sabe se o filme é bom mesmo ou não. Como disse recentemente em artigo o antropólogo Antonio Risério, aqui na Bahia existe a cultura do auto-elogio entre a baianada, e o senso crítico foi para o espaço há anos. Daí que está todo mundo (entre aspas) elogiando o filme, quando a rigor, a população, ainda não deu sua nota.

   Segundo comentários de uma artista plástica que viu a película na Concha o filme tem muita propaganda, desempenho correto de Lázaro Ramos, mas, falta alma. Ou seja, há uma interpretação da baianidade sem o sentimento (a alma) posto de maneira convincente.

    Em recente comentário na Rádio Metrópole, Guy Ferreira, da Video Hobby, disse que o tilme é bom e gostou bastante. E ficou nisso. João Sampaio, critico de cinbema de A Tarde, foi bastante discreto em relação ao filme. Zezão Castro, também de A Tarde, anunciou que a Rede Globo vai fazer uma mini-série, a ser exibida em novembro próximo, inspirado no Ó Pai Ó.

   Portanto, há muita badalação em torno de Ó Pai Ó. Vamos aguardar o filme na telinha dos cinemas para comentar. Por enquanto, o que temos visto é muito oba-oba.