Cultura

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: O LIVREIRO DE CABUL MOSTRA OUTRO LADO

Um bom livro
| 08/03/2007 às 13:48
Aproveitando o Dia Internacional da Mulher o Bahia Já recomenda a leitura de O Livreiro de Cabul, de Asne Seirestad, jornalista norueguesa que cobriu a guerra do Afeganistão e conviveu com uma família afegã da classe média alta, proprietária de uma livraria, em Cabul.
O livro é um primor. Bem escrito, linguagem jornalística, vale a pena ler sobretudo agora quando as mulheres ocidentais disputam o mercado de trabalho palmo a palmo com os homens, mas estão sempre pedindo mais.
Segundo Asne a crença na superioridade masculina está tão impregnada na sociedade afegã que, raramente, as mulheres são objetos de questionamentos. Aliás, as mulheres em Cabul e no Afeganistão, salvo raras exceções, são o objeto.
A jornalista destaca que no entendimento da sociedade machista afegã as mulheres são consideradas mais burras que os homens, que os cérebros delas são menores e que "não podem pensar de maneira tão clara quanto os homens".
E, o que é mais grave: na classe média alta, caso do livreiro de Cabul, que ela imaginava ser um intelectual, um homem mais esclarecido, a situação é a mesma e até pior. Daí que ele resolveu escrever exatamente a história desse livreiro e como ele se comportava em família. A submissão de suas mulheres ao livreiro é total.
O livro está editado no Brasil pela Record e pode ser adquirido em qualquer livraria de Salvador e pela internet.