As adesões são limitadas as instituições afrodescendentes
A Expo Salvador Negroamor será encerrada no próximo dia 16, mas, óbvio, o movimento para dialogar com a realidade negro-mestiça da cidade do Salvador continuará, não somente através da ONG que se instituiu (vide site
www.salvadornegroamor.org,br), mas, diante do trabalho que outras instituições realizam ao longo do ano e dos tempos pretérios.
Mas, no caso da Expo em foco, a sociedade organizada não se movimentou nessa direção. OAB, IAB, ABI, UCSAL, UFBA, IGHB, UNIFACS, UNIME, FIEB, ACS, CDL e outras não deram a mínima ou se deram foi de pouca monta e importância para esse movimento, talvez porque já estejam engajadas em outros projetos nessa direção, ou porque simplesmente não se interessaram pelo movimento.
Já as entidades baianas da comunidade negro-mestiça quase todas estão integradas ao movimento - Steve Biko, ANAAD, CEAFRO, AMAFRO, MNU, AXÉ, UNEGRO, NEGÕES, CECUPE entre outras, bem como comunidades de outros estados tais como a Comunidade Remanescente do Quilombo da Conceição dos Crioulos de PE; a Kalunga de GO; a Associação das Comunidades Remanescentes dos Quilombos do Maranhão (ACONERUG) e a Koinonia.
O QUE SE PASSA
Explicar o que se passa não há quem. Isso é uma situação histórica onde os negro-mestiços sempre levaram a pior na cidade do Salvador, quer por questões de natureza cultural, quer porque não conseguem disputar de igual para igual os espaços do poder.
Uma outra coisa: a Câmara de Vereadores de Salvador que é a caixa de ressonância da cidade também não deu muita atenção à mostra e ao movimento em curso. O mesmo acontecendo com a Assembléia Legislativa do Estado e a Câmara Federal, com sua representação baiana.