Foi uma bela festa em Itaparica
Jovens do grupo de teatro de Itaparica cantam parabéns pra você para João Ubaldo
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A população de Itaparica e veranistas que estão passando o verão nesta cidade assistiram na noite de 23, uma belíssima festa para homenagear o seu mais ilustra filho, o escritor João Ubaldo Ribeiro, que completou 66 anos de idade.
O escritor ficou bastante emocionado ao presenciar seus personagens no palco, alguns do seu romance Viva o Povo Breasileiro, outros de O Sorriso do Lagarto, de Sargento Getúlio e da Casa dos Budas Ditosos.
Gilberto Gil, Caetano Veloso, Dorival Caymmi e o próprio João Ubaldo foram configurados no palco pelos bonecões de Elias do Pelô, e o público vibrou com as músicas, o enredo da peça e os fogos de artifícios que foram espoucados no final do espetáculo.
Para o escritor João Ubaldo Itaparica tem uma relação muito forte com sua personalidade e lembra, e muito, o seu avô o coronel Ubaldo, líder itaparicano que combateu o Estado Novo e se tornou uma figura simbólica da localidade. Foi a imagem e semelhança do seu avô que Ubaldo escreveu Viva o Povo Brasileiro, o seu trabalho literário mais ousado e completo.
HOMENAGEM MERECIDA
Na opinião do prefeito Cláudio Neves homenagear Ubaldo é uma obrigação da Prefeitura, pois, independente dele ser a personalidade mais importante da localidade, tem divulgado e muito o município com os seus romances, ensaios e crônicas semanais que são publicadas nos mais importantes jornais do país.
- Só isso já valeria a homenagem, mas, o Ubaldo merece muito mais por seu caráter, por ser uma pessoa que dispensa comentários e conhece como poucos a realidade brasileira e baiana - atesta Cláudio Neves.
Já a secretária de Turismo de Itaparica, Eliana Dumet, organizadora do evento, a personalidade de Ubaldo dispensa comentários e tudo o que se faz por ele ainda é pouco. Nosso projeto é dar vida a Fundação João Ubaldo Ribeiro com sede em Itaparica.
BOM HUMOR
Ao lado da esposa Berenice, Ubaldo acompanhou a festa no Largo da Quitanda, e antes bateu um papo com a imprensa no Hotel Icaraí quando narrou suas peripécias na Salvador dos anos 1950/60 quando jogava seus babas e era conhecido como delegadoa, dono da bola. Disse que joga bola com "apetite de donzelo de seminário" e que, certa ocasição, meteu o dedão no traseiro de um goleiro adversário para ganhar o jogo e acabou recebendo um carreirão.
Lembrou ainda do tempo que morou na Barão de Itapuã, na Barra, fez várias referências ao seu saudoso pai, professor Manoel Ribeiro, e disse que adora Itaparica e também Aracaju, cidade onde viveu e passou uma boa parte de sua juventude.