Veja como agir e os telefones que podem ser utilizados em caso se deparar com uma cobra, um sariguê e outros animais
Lume , Salvador |
30/07/2025 às 12:50
Ilustração
Foto: Seramov
Com a permanência do período chuvoso, moradores do Condomínio Busca Vida (CBV), localizado na Área de Proteção Ambiental Joanes-Ipitanga, no Litoral Norte da Bahia, devem redobrar os cuidados com o aparecimento de animais silvestres e peçonhentos. A administração do CBV tem reforçado orientações de segurança e preservação ambiental, especialmente devido ao aumento da incidência dessas espécies nesta época do ano.
Com 6,113 milhões de metros quadrados de área verde, o CBV é conhecido por promover uma convivência harmoniosa com a natureza, oferecendo um lar para uma vasta diversidade de espécies, como cobras, lagartas de fogo, caramujos africanos, sariguês, raposas, iguanas e aranhas. No entanto, essa proximidade com a fauna exige precauções dos moradores, principalmente em períodos úmidos, quando muitos desses animais tendem a deixar seus abrigos naturais em busca de refúgio.
“O benefício de viver próximo da natureza também exige responsabilidade. Morar em uma área de proteção significa compartilhar o espaço com a fauna local, o que requer uma postura preventiva e consciente”, explica Marcelo Dourado, síndico administrador do condomínio.
Entre as principais orientações divulgadas pela administração estão: manter o gramado baixo e livre de folhas secas, manter árvores podadas, fechar portas e janelas ao anoitecer, evitar alimentar animais silvestres e denunciar qualquer atividade de tráfico de fauna nativa. Além disso, os moradores são orientados a não tentar capturar ou manusear animais por conta própria.
“Caso aviste um animal silvestre ou peçonhento, a recomendação é não tocar e acionar imediatamente a segurança do condomínio ou os órgãos especializados, como o Grupo Especial de Proteção Ambiental (GEPA) ou a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), que atuam 24 horas”, destaca Dourado.
Cuidados com acidentes
Em caso de acidentes com cobras, as recomendações incluem lavar o local da picada com água e sabão, manter a vítima deitada e hidratada e procurar atendimento médico imediatamente. O Centro de Informações Antiveneno (CIAVE), no Hospital Roberto Santos, em Salvador, é a referência para esse tipo de atendimento.
Lagartas de fogo, apesar da aparência inofensiva, podem provocar queimaduras e reações alérgicas severas. Se houver contato, é indicado usar pinças ou luvas para removê-las e aplicar fita adesiva na área afetada para eliminar os espinhos. A limpeza com água quente e sabão também é fundamental.
O caramujo africano (Achatina fulica) é outro vilão silencioso. Portador de parasitas perigosos, ele pode transmitir doenças como meningite eosinofílica e angiostrongilíase abdominal. O contato direto ou a ingestão acidental de alimentos contaminados com seu muco são as principais formas de infecção. A recomendação é evitar qualquer tipo de contato e manter hortas e jardins limpos.
Telefones úteis:
* GEPA: (71) 3202-5312
* COPPA: (71) 3116-9150 / 9158
* INEMA: 0800-711400
* Ministério Público da Bahia (MP-BA): (71) 3103-0390