Era natural de Salvador e chegou em Serrinha no ano de 1959 como escrivão da PC, donde nunca mais saiu
Tasso Franco , Salvador |
22/04/2025 às 12:29
Lucio Eusébio em sua casa de Aparecida, 2023
Foto: BJÁ
Faleceu em Feira de Santana no último dia 21, o diácono Lúcio Euzébio dos Santos, de Serrinha, aos 95 anos de idade, e seu corpo foi velado na capela de Nossa Senhora Aparecida, no bairro Aparecida, que ajudou a fundar, e nesta terça-feira acontece missa de corpo presente na Igreja de Santo Antõnio, do Lamarão, onde será sepultado, segundo nota da Diocese de Serrinha.
Em Lamarão, Lúcio seguia como diácono permanente da Diocese.
Lúcio, natural de Salvador, tem uma longa história em Serrinha e chegou na cidade em 21 de agosto de 1959 para exercer as funções de escrivão da Policia Civil, concursado.
Inicialmente morou na Rua do Clube e sendo católico fervoroso se tornou amigo do padre Demócrito Mendes de Barros, titular da Paroquia desde 1953.
No final da década de 1960 se mudou para as proximidades da Fazenda Lagoinha, no caminho do Lamarão, e adquriu uma tarefa de terra de José Sancho da Cunha, construindo casa de morada.
Vai se tornar ao longo do tempo diácono da Paróquia de Serrinha coadjutor do padre Demócrito no oficio das missas e ergue uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição Aparecida e um colégio, nas proximidades onde morava.
Com a ajuda de Demócrito e dos vereadores Joanício Álvaro da Silva e Antonio Ramalho Ramos fundou juntamente com a familia Sancho o bairro Aparecida que se situa à margem da BR-116 (Rio-Bahia) à direita após o Posto Caçuá (sentido Salvador a Serrinha) onde viveu com a familia e mora um dos seus filhos, serralheiro.
A Fazenda Lagoinha ainda existe e pertence a João Sancho da Silva, 77, e sua irmã Clarice Sancho da Silva, 87, a qual faleceu ano passado. Essa fazenda Lagoinha pertenceu, originalmente, ao intendente Joaquim Hortélio da Silva.
Lucio me contou que a idéia de tornar o local num bairro nasceu com as andanças que fazia com o padre Demócrito na Congregação Mariana de Nosssa Senhora das Graças e São Domingos Sávio, criado pelo pároco, em 1957, quando não existiam as pastorais da atualuiade e sim as congregações paroquiais.
O diácono será sepultado em Lamarão porque era diácono titular permanente na localidade, mas toda sua história principal deu-se em serrinha, sendo professor e conselheiro espiritual, após sua aposentadoria como escrivão da Policia Civil. Era também poeta. (TF)