Bahia

CAMPUS DA UESC POSSUI 149 ÁRVORES PAU BRASIL ESPECIME EM EXTINÇÃO


Árvore que nomeia o País está ameaçada de extinção


ASCOM UESC , SUL DA BAHIA | 20/09/2024 às 15:57
Árvore ameaçada de extinção
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No Campus Soane Nazaré de Andrade existem 149 árvores adultas de pau-brasil (Caesalpinia echinata ou Paubrasilia echinata). Esses números permitem afirmar que a Universidade Estadual de Santa Cruz é a que possui a maior quantidade de árvores de pau-brasil adultas plantadas em seu campus no mundo.

Os dados fazem parte de um levantamento florístico realizado no campus que abriga a Instituição por pesquisadores do Horto Florestal da Uesc, que serão publicados no próximo Simpósio de Biologia do Sul da Bahia (Simbio), em outubro.

A equipe responsável pela pesquisa é composta pelos discentes Daiana Rodrigues dos Santos e Henrique Brandão da Silva, e pelos docentes Delmira da Costa Silva, curadora da coleção de morfotipos de pau-brasil da Uesc, e Luiz Alberto Mattos Silva, responsável pelo viveiro de mudas florestais.

O projeto Horto Florestal atua também na produção de mudas de pau-brasil para distribuição/doação a projetos de recuperação de áreas degradadas, paisagismo e urbanização. Desde 2017, mais de 15 mil mudas da árvore já foram distribuídas.

Uma das ações se deu por meio de parceria com o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, que possibilitou a entrega de mudas da planta para puérperas que receberam alta médica, em sua maioria mulheres residentes em municípios das regiões Sul e Sudoeste da Bahia. A campanha visa a representatividade da vida e da resistência, em defesa do meio ambiente.


Pau-brasil: uma espécie ameaçada de extinção

O pau-brasil teve um papel central como matéria-prima para a produção de corantes do século 16 até o início do século 19. Nesse período, aproximadamente 500 mil toras da árvore foram enviadas para a Europa. A exploração predatória, somada ao desmatamento da Mata Atlântica, quase levou a espécie à extinção. No século 20, o pau-brasil foi considerado extinto, até ser redescoberto em Pernambuco, em 1928. Hoje, a árvore ainda está ameaçada de extinção, e não há estimativas precisas sobre quantos exemplares nativos restam na Mata Atlântica brasileira.