DESSEMELHANTE SERRINHA

A estreia bê-a-bá de um sobrevoo em metal, rapto do pensamento sobre a minha terra natal, sofistico, carcomeu e desfolhou a mais tênue de minhas memórias. Voo meio copromese (vômito de matérias fecais) se se esquadrinhar o remédio e o conforto de documentos escritos, dessabendo-os a la pai-mané. E numa citação, a afronta pública.

 A construção da Igreja Nova, salvo engano, data de 1953. Já a da Praça Luiz Nogueira, iniciada em 1646, portanto, perto dos 400 anos. Tal vexame poderia ser evitado caso a consulta ao nosso "memorista" Edmundo Bacelar se lhe fosse rogada.

Agora um cercadinho em madeira, desmazela, bacafuza, pra lá de chinfrim, desmusicando a cidade que outrora contava com 39 pianos, filarmônicas, maestros, concertistas, afinadas vozes em serenata, fausto em sustância e opulência de sons em clangor prolongado.

Os vereadores desconhecem o seu poder e na Câmara (tá mais para câmera), entre vergalhões aparelham pedras pediplanas até o ocaso do sol. É, na verdade, uma estação de tropas que se enquadra na descompostura de um mandatário que não aprendeu a enfeitar as praças, "terrivelmente" autoritário, fazendo passar adiante esse pote de graxa que não atende as necessidades de seus cidadãos. Um cercadinho, alcáçar (curral) para os anjos das trevas, de mau gênio e de uma autoridade amoral, despótica, fascista.

Bom dia

Luiz Mário

Bahia, abril 12, 2022