Alunos da Escola Municipal Santo Expedito participam
Da Redação , Salvador |
27/12/2016 às 08:24
Alunos da Santo Expedito na ação comunitária
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A Embasa iniciou em dezembro o plano de reabilitação da mata ciliar da Lagoa do Subaé, uma Área de Preservação Permanente (APP) que abriga a nascente do Rio Subaé. A recuperação é fruto de um Termo de Compromisso e Compensação Ambiental firmado entre a Embasa e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Feira de Santana, como contrapartida pelo uso da área da APP para implantação de um interceptor do sistema de esgotamento sanitário.
Estão sendo implantadas no entorno da lagoa 380 mudas de espécies como acácia doce, aroeira, ipê amarelo, jatobá, pau pombo, entre outras, numa área de mais de 10 mil m². O objetivo é reverter o quadro de degradação existente, implantando uma vegetação que vai funcionar como filtro natural impedindo que vários poluentes cheguem às águas, além de evitar a erosão na margem da lagoa. A vegetação também protege a flora e a fauna, controla a temperatura e diminui a evaporação.
De acordo com a engenheira sanitarista da Embasa, Lívia Gonsalves, o sistema de recuperação foi pensado para ter condições de conservação. “Isolamos a área de reabilitação, que tem uma faixa de 30 metros a partir da lâmina d’água, e estamos implantando as mudas com a devida preparação do solo e fertilização. Faremos a manutenção com capina ao redor das mudas, replantio das mudas que eventualmente não conseguirem se estabelecer, manutenção da cerca de isolamento, combate sistemático às formigas cortadeiras e adubação, até que as espécies se estabeleçam. Vamos contar com a sensibilização da comunidade do entorno para garantir a perpetuação das árvores”, explica.
Participação social – O gerente da unidade regional da Embasa em Feira de Santana, Euvaldo dos Santos Neto, argumenta que a participação da comunidade será fundamental para o sucesso da iniciativa. “O Rio Subaé é um patrimônio da Bahia. É preciso que haja a participação de todos os segmentos da sociedade na preservação dessa nascente e da vegetação ciliar que estamos implantando para garantir a preservação do rio”, defende.
Por isso, a Embasa vem buscando envolver a comunidade local no processo. Uma das ações envolveu o plantio de mudas feito por crianças da Escola Municipal Santo Expedito / Associação Comunitária Centro de Apoio ao Adolescente do Parque Lagoa do Subaé, em que cada uma adotou uma planta para cuidar. A diretora Maria Eunice de Macedo se comprometeu com a participação da escola na preservação da vegetação ciliar. “Essa ação é um dos maiores sonhos da minha vida, que alguém se preocupasse e olhasse para essa lagoa. Nossas crianças estão aprendendo muito e se envolvendo com a conservação, mostrando aos pais que tem que preservar e cuidar. Muitos aprenderam a destruir e agora estamos ensinando as crianças a construir”, revela.