Bahia

Uneb, Uefs e Uesc de portões fechados para garantir seus direitos

Aduneb critica queda no ranking das universidades estaduais
MB , Salvador | 22/09/2016 às 08:44
Nesta quinta-feira (22) as universidades estaduais baianas Uneb, Uefs e Uesc farão paralisação das atividades acadêmicas, com portões fechados. Os protestos, que foram aprovados pelas assembleias gerais docentes, integram as ações do Dia Nacional de Luta, Mobilização e Paralisação, construído em unidade por diversas centrais sindicais. No Campus I da Uneb, em Salvador, às 8h, em frente ao portão principal da universidade, professores representantes da categoria docente e estudantes farão panfletagem, enquanto será servido um café da manhã aos presentes.

O protesto acontece em todo o país, em inúmeras universidades públicas, escolas de ensino médio e básico, além de outras categorias de trabalhadores. Segundo a diretoria da ADUNEB, o objetivo é a união da classe trabalhadora contra um conjunto de medidas, imposto pelo governo Michel Temer, que ataca os direitos sociais e trabalhistas, como o PL 257/16 e a PEC 241/16.

De acordo com a diretoria da ADUNEB, o protesto será realizado como denúncia à sociedade, pois o pacote de leis que Temer tenta impor aos servidores públicos, prejudicará toda a população que utiliza serviços públicos como educação, saúde e segurança pública. Para o sindicato dos professores da Uneb, a construção da greve geral é a única maneira de barrar as medidas reacionárias do governo Temer.

PL 257/16

Este Projeto de Lei (PL) está entre as principais ofensivas governistas contra os servidores. Atinge ainda a população que necessita utilizar a rede de serviço público de saúde, educação e segurança pública. O PL prevê, entre outros itens, que por dois anos aconteça a realização de concursos públicos, o congelamento de salários, a proibição de progressão na carreira e o aumento da contribuição à previdência. 

PEC 241/16

A Proposta de Emenda Constitucional propõe o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, com o objetivo de transferir o orçamento economizado para o bolso de banqueiros, por meio do pagamento da dívida pública. Tal ação afetará principalmente os investimentos em saúde, educação, servidores e serviços públicos. 

Pauta 2016

Durante a atividade, a comunidade acadêmica da Uneb aproveitará para também denunciar o descaso do governo Rui Costa com a educação pública superior. Desde 2012 foram cortados R$ 73 milhões, em custeio e investimento, das Universidades Estaduais Baianas (Ueba). Devido à falta de recursos, entre outros problemas, há déficit de professores e servidores técnicos, faltam equipamentos em laboratórios, materiais didáticos e faltam salas de aula.

Na última segunda-feira (19), o Ranking Universitário da Folha de S. Paulo de 2016, mostrou a queda das quatro Ueba. A Uneb aparece em 93º lugar; sendo que no ano anterior ocupava a 81ª colocação. Para a diretoria da ADUNEB, o ranking é um reflexo direto da ausência de recursos e da política educacional do governo Rui Costa.