Bahia

ILHÉUS: Blocos afros desfilaram no Carnaval mantendo a tradição

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Secom , Ilhéus | 17/02/2015 às 23:36
Filhos de Ogum
Foto: Alfredo Filho
O público ilheense ao lado de visitantes de diversos municípios da Bahia e outros estados, que participou do Carnaval considerou os blocos Dilazenze, Rastafary e Mini Congo como um dos bons momentos da folia. Durante a passagem do cortejo afro, os foliões se empolgaram com o desfile de representações do movimento negro que fez bonita coreografia e agitou a Avenida Soares Lopes. Cada grupo levou batucadas com ritmo percussivo, alas coreografadas, maculelê, capoeira e outras características de expressões
corporais.

O desfile oficial dos blocos afro foi aberto na noite de domingo, 15, pelo afoxé Filhos de Ogum, seguido por Levada da Capoeira, Leões do Reggae, Zimbábue, Danados do Reggae e Guerreiros de Zulu. Já a terça-feira, 17, ficou reservada para apresentação das entidades como Os Malês, Yorumbá, Zambiaxé, Mini-Congo, Rastafary e Dilazenze. A concentração foi em frente ao Circo do Teatro Popular e parada final ao lado do palco instalado na Praça Dom Eduardo.

Ao completar em 2015 quinze anos de participação na folia de Ilhéus, o afoxé Filhos de Ogum, comandado pela mãe de santo Jaci, do alto do Coqueiro, zona norte da cidade, teve como destaques grupos formados por crianças que estavam acompanhadas de pais, e jovens e adultos que impressionaram os foliões durante sua passagem. A ala das baianas e de orixás foi organizada pela filha de santo Cristina dos Santos.  

Por sua vez, o bloco Zimbábue, do bairro do Pontal, há 30 anos realiza  trabalho de fortalecimento de uma das tradições da folia do município. Joselito Moreira Costa, um dos diretores do bloco, afirmou que “o objetivo foi levar à avenida instrumentos de resgate e de preservação das nossas tradições culturais do município e da Bahia,
homenageando inclusive, alguns orixás”.

Já o bloco afro Dilazenze, do alto da Conquista, com 30 anos de fundação, é considerado referência em Ilhéus e na região por seu trabalho comprometido com as lutas dos movimentos sociais. Marinho Rodrigues, ativista cultural e um dos diretores da entidade, disse que “a nossa participação no Carnaval Cultural é importante porque mostra que o movimento afro cultural está vivo”.